Abril já estava no meio, chegando à data do torneio, todos os dias eu encontrava o sorriso mais lindo em minha van, o amigo mais confiável na aula de esgrima e os outros amigos nas aulas normais. Porém, nada que é perfeito dura para sempre, ocorreram mais duas mortes de akumas, uma seguida da outra e uma semana depois três em um mesmo dia, o dia 06 de maio foi a marca do início a caçada. Minha segurança estava em risco e infelizmente isso significava a restrição de asas, em outras palavras, nada de deixar as asas de fora durante o final de semana inteiro. A última caçada aconteceu quando eu tinha meu 4 anos aos 8 anos, como eu era menor havia uma chance maior de ser atacada, mas também era mais fácil de me esconder.
Jonathan ficou apavorado, como eu, ao saber do inicio da caçada e que provavelmente uma família foi atacada. Como só os akumas sentiam cheiro de sangue, John me fez prometer que contaria as mortes ocorridas, sendo 5 mortes em um semestre a resposta era óbvia, havia uma caçada. Mas eu tinha que continuar com a minha vida, e eu estávamos cada vez melhor na esgrima, o torneio estava chegando e eu estava cada vez mais próxima dele.
Ele era um pouco mais alto que eu, 1m e 72cm, com um bom porte físico, seus cabelos eram negros como os meus e tinha olhos verdes claro um pouco azulados, os olhos mais lindos que já vi e que me traziam conforto ao olhá-los, mas nada se compara aos sorrisos e abraços. Seu sorriso era reluzente como o de um anjo, e seus abraços eram fortes mais cuidadosos e ter os dois juntos era o melhor dos meus sonhos.
Quando treinava em casa com um manequim velho e minha katana (espécie de espada) para o torneio, escutei gritos vindo de um beco perto de casa, eles pediam socorro desesperadamente. Coloquei a katana na bainha e fui verificar de longe o que estava acontecendo. Contudo desejei não ter ido lá na ocasião, pois no beco havia uma akuma caída toda ensanguentada e ao longe vi uma asa se formando, o cheiro de sangue era insuportável.
Devia ser o assassino, por ter uma névoa e estar chovendo eu não via direito, então corri para perto e vi um akuma branco perto do corpo, mas por que um akuma branco mataria um igual, este ato está mais condizente aos akumas pretos, que odeiam a humanidade e os que estão na luz. Mas eu havia me lembrado que mesmo sendo destinada às trevas eu preferi a luz e não havia nada que impedisse o caminho contrário.
Com o susto de ver o assassino, minha primeira reação foi de pegar minha katana, chegar perto e desferir um golpe, mas antes de acertar, o akuma virou o seu rosto me deixando ver uma lágrima escorrendo em sua face, podia ser a chuva, mas o estranho era que não chovia neles somente em volta. Quando minha espada o tocou ele se contorceu para trás por dor e seu virou para mim.
Pulei para trás e comecei a me afastar, ele devia estar a três metros de distância, como estava chovendo estava com capuz impedindo que visse o meu rosto. Ele deu dois passos em minha direção, a fim de ver quem era o seu agressor, mas como não conseguiu parou e se virou para o lado oposto, sua ferida estava sangrando e possivelmente doendo. Ele tentou voar, mas a dor não o deixou sair pelo ar, então ele colocou um anel e saiu correndo.
Enquanto ele corria fui ver se havia como salvar a akuma no chão, mas infelizmente não tinha o que fazer, ela já estava morta e segurando um bracelete, seu protetor. Fechei os seus olhos e jurei achar quem havia a matado e como lembrança desta promessa coloquei o bracelete e o mantive comigo. Liguei para a ambulância e escondi minha katana entre duas casas.
Quando eles chegaram falei que estava passando por perto e a vi caída. Para humanos normais assassinatos de akumas eram iguais a mortes por ataque cardíaco, ou parada respiratória. Não me incriminando ou deixando suspeitas. O médico a examinou e deu o laudo, morte por insuficiência respiratória. Pude ir para casa sem ter que assinar um boletim de ocorrência.
Em casa eu era quem fazia as refeições, como Jonathan só trabalhava e não me deixava trabalhar este era o único jeito de ajudar em casa. Já era hora de preparar algo para comer, mas eu precisava limpar minha katana antes de tudo, ela estava suja de sangue na ponta, então eu a lavei com água corrente para impedir que John descobrisse o incidente da tarde. Se ele soubesse o ocorrido nós nos mudaríamos para longe e eu não queria que isso ocorresse, seria muito desgastante e suspeito. Comecei a preparar a comida, tudo como John gostava, talvez ele trouxesse a namorada para comer em casa.
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Caçadora de Asas
FantasiEm nosso mundo há seres que não são exatamente como nós, existem seres alados que possuem sua própria política de convivência, o melhor sempre vencerá. Nós podemos vê-los como anjos, mas são melhor comparados à akumas(demônios) que matam a si própri...