Fim ao pesadelo

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- O que você quer? - gritei ao entrar no ginásio.

- Eu lhe disse daqui a uma hora. Não sabe o que isso significa? - essa voz vinha atrás de mim.

- Cadê o Jonathan?

- Por que já está pensando no prêmio? Nem lutou comigo ainda.

- Você não o feriu, não é?

- Calma, ele é muito fofo e bonito para eu fazer algo que o machuque. Os ferimentos de antes foram feitos por Nick, ele era um sádico, eu mesmo sofri um pouco em suas mãos, mas eu amava aquele psicopatinha metido a meu chefe.

- Vamos decidir logo isso.

- Não quer saber de nada? Nick me contou sobre sua conversa ele me perguntou se ficaria com ele se depois dele virar um humano.

- E você o matou não foi?

- Não foi tão simples. Depois de um tempo me acostumei ao sadismo vindo dele e quando o vi naquele estado indefeso tentei experimentar algo novo, como uma coleira.

- Não me importo, quero acabar com isso e ir embora com John.

- Quieta, se não mato seu irmão. Você não sabe a situação dele - aquilo era verdade, chegara e não vira ninguém por essa razão eu gritei - então eu coloquei a coleira e o puxei até em casa, mas ele não resistiu a viagem.

- Acabou? Vamos, o que quer de mim?

- Uma disputa com lâminas, perdi meu chefinho medido a besta e gato, principalmente gato. Se eu ganhar você morre e seu irmão fica comigo, e eu poderei seguir o caminho que Nick começou a trilhar.

- Se eu ganhar, faço o que quiser, não é? Quanta prepotência, meu irmão não ficará com você.

- Sim, prepotência a sua. Saiba que quando se bate forte na cabeça em um determinado local a pessoa entra em estado de amnésia.

- Me lembrarei.

Saquei minha katana e apontei para Thiago, ele não era o vilão para mim, mas mudou meu conceito em apenas 15 minutos, minha esperança de persuadi-lo acabou, agora seria vida ou morte. Com minha perna machucada seria um pouco mais lenta, mas ele era grande e forte o que significa ser lento, pouco agil. Meu sentido havia acertado, ele era lerdo não me acertava com precisão apenas focalizava a força e atacava, um golpe e eu perdia um membro.

A luta foi feita por ataques ineficientes de Thiago e defesas patéticas minhas, estava tudo super chato, mas assim eu o cansaria mais rápido.  Ele não se calava, sempre se gabando e me provocando sobre as mortes que causou, contudo um detalhe me chamou atenção. Thiago sempre mencionava uma coleção, ora falava em aumentar essa, ora que havia ganhado a coleção dos outros depois de suas mortes. Felizmente ele notou minha expressão de duvida e me explicou:

- A sim, não lhe contei sobre as coleções - ele ainda me atacava - são frascos com sangue de quem eu matei, sangrar antes de matar sempre foi dito aos FN.

- Como podem fazer isso?

- Nick selava um contrato com cada um de nós, para isso ele precisava de sangue. A união dos sangues sobre o protetor sela um contrato que fere o protegido na separação. Como Nick mataria depois de formar a Foice Negra ele fez um estoque do próprio sangue, e como na primeira morte ele o perdeu. Fazíamos depois uma pequena competição para ver que tinha mais, eu ganhei.

- Quantos você tem? - perguntei nervosa.

- Eu consegui este ano 5, mas devo ter 29, com o de Nick. Ele nunca teve conhecimento que todos guardavam esses frascos, às vezes, nem mostravamos para ele que tinha matado.

Caçadora de AsasOnde histórias criam vida. Descubra agora