Capítulo 3

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Gostaria que comentassem o que esperam do livro, assim tenho inspiração para melhorar cada vez mais.

Um beijo, e boa leitura!

🤗

Amber

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Amber

Dificilmente eu sabia separar os meus sentimentos fora e dentro da escola. Para falar a verdade, eu me sentia como duas pessoas. Forte e dura por fora, capaz de tolerar, e uma sentimental e frágil por dentro, que quando quebrada não conseguia ficar em pé. Minha sorte era saber me controlar para não desabar em público ou deixar que minhas emoções tomassem o controle, desde que a minha mãe morreu no parto do meu irmão há oito anos atrás.

Nicolas sobreviveu por uma mãe que por acaso, acompanhou todo o acontecimento e doou parte do seu leite durante alguns meses para que ele pudesse crescer forte. Depois de seis meses, passamos a dar leite integral com água até que ele crescesse.

Vivemos com nosso pai, desde então.

— Filha, você não precisa continuar indo ao trabalho. Eu sei que é pesado aturar o que aqueles rapazes fazem com você.

Sempre que acontecia algo, enxergava o colo de meu pai como abrigo. Ele sempre foi carinhoso, atencioso e gentil com todos, mas comigo e com o Nicolas sua atenção era extraordinária. Desde que perdemos a mamãe, seu comportamento têm sido muito mais afetuoso pelo medo de perder um de nós também. E isso, poderia acontecer a qualquer momento pelo fato da saúde do meu irmão estar comprometida há cerca de um ano.

— Eu sei que você não consegue pagar o tratamento do Nicolas sozinho.

— Eu dou meu jeito.

— Não, pai. Eu vou te ajudar.

Seu carinho era o melhor que alguém poderia receber. Seu colo e seu abraço era tudo o que eu precisava depois de um longo dia ruim.

— Como era a mamãe?

Nicolas perguntava enquanto sua mão consolava sua barriga pela dor que sentia. Com sete anos de idade, descobrimos que o Nicolas havia um câncer chamado "Linfoma não hodgkin" na barriga, do tipo Brukit. Mas, a alguns anos atrás já havia algo errado com ele. Ele chorava muito, rolava muito na cama e não tinha noites bem dormidas. As vezes vomitava e dificilmente pedia para ir ao banheiro. Depois de meses percebemos que era constante e que tínhamos que ir ao médico. Ele foi diagnosticado com câncer e havia muita prisão de ventre e dores abdominais constantes. Descobrimos tarde, mas isso não impediu de iniciar o tratamento feito pela quimioterapia. Devido seu estado, ele não frequenta a escola, apenas fica em casa com a babá e com a enfermeira particular que contratamos justamente para prevenir acontecimentos inesperados. Ele mal aguentava ficar em pé por causa das dores, e sua barriga as vezes ficava inchada por ficar dias sem ir ao banheiro. Com o início do tratamento, havia melhorado, porém de uns meses para cá, não estava fazendo o mesmo efeito.

Entre Desafios [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora