Entre Desafios [CONCLUÍDO]

Capítulo 28

Noah

As poucas palavras de Amber ficaram atordoadas na minha cabeça, talvez por eu ter me deixado distrair e ficar de olho em Jake para caso recebesse algum aviso eu tivesse a privado de dizer o que realmente queria. Seu rosto me preocupou e quando ela estava prestes a conseguir soltar uma frase depois do seu rosto entristecido, Jake fez sinal com a cabeça e em seguida com a mão em forma de seta apontando para a direção do perigo, isso significava que a Alícia estava me procurando. Parecia perseguição, ou era mesmo verdade que ela me procurava apenas para saber se eu não estava com ela.

Me aproximei do Jake para fingir que estávamos juntos e conversando o tempo todo.

— Desde quando você gosta de livros? — Perguntou com sua voz fina.

— E desde quando você pisa na biblioteca, Alícia?

— Desde que meus fins não são para leituras. — Piscou, maliciosa e mordendo o lábio inferior.

— O que você quer?

— Ora, ir para o campo treinar nossa entrada obviamente. Falta um mês e meio e mal combinamos como vai ser. — Mascava um chiclete encarando o silêncio do Jake e sua seriedade, como se o expulsasse da nossa conversa. Assim o fez e ficamos só nós dois. — Não quero fazer feio para o meu Bebezinho. — Foi sarcástica e tocou meu peitoral. — Mas agora, já que ele saiu.. — Ameaçou me tocar com as duas mãos, insinuando sua aproximação para colar nossos corpos e rapidamente escapei indo para o lado para não ficar sem saída naquela enorme estante.

— É hora de irmos, não é? — Observei seu sorriso provocador, revirei os olhos e fomos para o campo.

Enquanto a Alícia treinava no meio do gramado com as suas companheiras, tentava enxergar alguma pista de que a Amber ainda estava na escola. Talvez ela já estivesse na aula, mas a minha esperança é de que ela viesse a arquibancada apenas para me ver e se fazer presente. Passou-se um tempo e toda a minha ansiedade se foi, assim com ela segurando o Freddy pelo braço quando saí da escola.

— Ela superou rápido não é? — Cruzou os braços ao meu lado, sua voz já estava ficando irritante nos meus ouvidos. — Não se preocupa amorzinho, você também vai superar. — Tocou meu ombro, fingindo olhar de dó. — Quem sabe eu não mude de alvo? — Deu de ombros sorrindo de orelha a orelha.

Revirei o olhar e entrei no meu carro para ir pra casa, quando surpreendente fui impedido pelo Diego, parado em frente ao meu carro bloqueando a minha passagem. Desci do carro e caminhei até ele.

— Eu sei que você ainda está chateado com o Théo, mas eu vim te pedir um favor.

Na hora fiquei meio confuso por ele aparecer tão repentino na porta da escola a minha procura. É claro que ele iria mencionar o Théo, mas eu não imaginava a sua chegada e muito menos para pedir favores. Nos afastamos depois que ele mudou de escola e nosso contato ficou mais distante depois que ele começou a namorar a Amber.

Assenti ao seu pedido e o convidei para almoçar na minha casa. Minha mãe sempre gostou das suas visitas e quando ele parou de ir vê-la, ela perguntava sobre ele. Hoje em dia isso ficou no passado, mas sei que ela gostaria de receber sua visita.

— Diego, a quanto tempo! — Ela o abraçou forte.

— Faz muito tempo mesmo. — Concordou, me olhando torto.

— Eu trouxe ele para almoçar conosco. — Afirmei.

— Você sempre será bem vindo, mesmo depois de ter sumido por anos.

— Teve alguns motivos. — Fui direto de mais.

Ele me olhou sem graça e se sentou a mesa. O velho estava lá e sentei no mesmo lugar de sempre. Diego ficou repartido e por isso se sentou no meio.