O choque de imediato foi erradicado pelo meu corpo inteiro por tudo o que meus olhos capturaram. Desde as fotos à cama que havia dentro do cômodo, mostrava que alí havia alguém cujo não tinha uma vida muito boa, no qual necessitava severamente de máquinas a ponto de ter uma em seu quarto exclusivamente para si próprio. Meus pés não recuaram para trás, e com uma caminhada lenta ao entrar, enxergava aquele lençol branco com olhos lacrimejando a ponto de me perguntar constantemente o que havia acontecido alí.
— Noah, saia do quarto!
A força que tinha em suas mãos ao tentar me empurrar era como se fosse cócegas, meu físico esportivo era tamanho que seu esforço fora completamente inútil.
Embora suas falhas tentativas, continuava a observar os quadros e pude notar que dentre tantos, alguns chamavam nitidamente a atenção. Continha quase uma sequência, se assemelhando a fases que mostravam os acontecimentos na vida do seu irmão, e em uma delas um sorriso largo aquecia meu coração.
— O que houve com seu irmão? — Curioso, observava a sequência.
— Esse era o meu maior medo. — Suspirou forte, cansada e assim sentou na beirada da cama. Me sentei com ela. — Meu irmão tem câncer, e não está com a minha tia. Ele está no hospital com a enfermeira particular que meu pai contratou.
— Medo?
— De que você ou seus amigos descobrissem sobre ele e então tirassem vantagem disso para me rebaixar.
— Eu nunca tiraria vantagem de você por uma doença tão grave como essa.
— Me poupe. — Levantou da cama e andou em direção a porta. — Agora que já sabe, podemos ir jantar?
— Sinto muito por isso. — Me levantei devagar e a acompanhei. Fomos novamente para a escada e antes que pudéssemos descer, a parei. — Tem algo que eu possa fazer para ajudá-la?
Sendo fitado por aqueles olhos azuis que pareciam perdidos em meio ao oceano que era sua retina sem uma direção certa a se seguir, na minha mente era decifrada a mensagem que havia falhado em uma missão severa no qual era regrada por sua mente.
— Não quero esmola.
— Só estou oferecendo ajuda.
— Dispensada.
Apesar de estar completamente satisfeito com o lanche que havia comido mais cedo, enquanto seu pai colocava os pratos sob a mesa, pensava em comer o mínimo afim de não fazer desfeita pela minha ansiedade se manisfestar antes da hora.
— Como estão os estudos? — Perguntou tranquilamente.
— Estão indo bem, só estou o ajudando em uma matéria que tem dificuldade, não é Noah?
— Sim, Sr. Watson. — Confirmei constrangido. — Ela é uma ótima professora.
Admitia a mim mesmo que se negasse suas afirmações, seus desafios poderiam ser cruéis ao ponto de não ter descanso algum. Seu olhar sério e alerto em todas as circunstâncias que aconteciam ao redor da mesa chamavam minha total atenção. Sem perceber, levemente alguns sorrisos se manifestavam enquanto seus lábios pareciam querer rosnar, me dando a certeza de querer continuar fielmente ao jogo.
Bastou algum tempo desde que seu pai subiu supostamente para o quarto, que enquanto ela estudava eu fingia fazer o mesmo.
— Como está sua mão?
— Ótima.
— Posso ver?
Minha tentativa de aproximação poderia falhar igualmente seu empurrão, porém não perderia a oportunidade nem se recebesse verbos ofensivos da sua boca.
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Entre Desafios [CONCLUÍDO]
Romantiek+15 Saga Desafios: Livro um. Durante a sua vida, Amber não imaginava o quão doloroso seria perder a mãe e ter que cuidar do seu irmão adoecido, mesmo tendo seu pai ainda por perto. Os olhares curiosos sobre a sua vida a tiram da zona de conforto e d...