5 Anos depois
Amber
Depois de anos tentando reacender a chama que me guiaria para um futuro no qual as lembranças não fossem somente de mágoas, perdas e tristezas, percebi que era inevitável não pensar nas pessoas importantes que perdi no passado. Mesmo depois de tanto tempo, ainda sentia falta do meu irmão, da minha mãe e das pessoas próximas a mim que deixei, principalmente meu pai, no qual sentia uma falta imensa e por esse motivo, depois de 5 anos minhas metas era voltar para visitá-lo.
Não que eu não tenha criado amizades por Paris, pois Dayna foi uma grande parceira e companheira durante esses anos. Com ela, um amigo que virou um grande aliado no nosso grupo de amizades, Oliver. Devo a eles uma enorme dádiva de companheirismo. Nunca me senti tão acolhida como eles me propuseram a satisfação de degustar tal ato.
Meu curso de administração, no qual decidi fazer, foi concluído a dois anos atrás. Com todas as distrações que consegui ter, com todas as ocupações de cabeça no qual fui obrigada a ter me incentivaram a continuar no país pelo qual me encantei de tal forma que optei por ficar mais um tempo. Confesso que a saudade de retornar a casa era tamanha que as vezes chorava pela calada da noite, porém a cidade era extraordinária e me fazia lembrar das mesmas luzes pela qual me apaixonei ao chegar. Me inscrevi em um curso de linguagens para aprender um novo idioma, e nada melhor o idioma do local em que eu já estava, ou seja, francês. Por saber pouco da língua e por ter diversas pessoas de países diferentes, mesmo focados no mesmo interesse era difícil me comunicar, acabei fazendo alguns colegas mas nada de novas amizades. Amigos de verdade feitos neste País foram somente Oliver e Dayna.
Depois de cinco anos aprendendo, estudando e mantendo o foco no futuro que eu poderia ter, apesar de ter deixado meus amigos bem chateados pela minha volta a Califórnia, eles se conformaram de que meu pai também sentia a minha falta. Ambos já moravam na França, então eles não tinham o mesmo problema. E apesar de odiarem quanto a brincadeira que eu fazia com eles, os considerava um lindo casal.
Em Paris aprendi a ser mais detalhista quanto ao que as cidades nos proporcionaram, principalmente em participar dos melhores cafés da manhã na cidade. Devo confessar que era o melhor que já tomei em toda a minha vida, e por isso voltaria a Paris, além de visitar meus amigos, para tomar o saboroso café.
— Amiga, eu vou sentir tanto a sua falta. — Sinalizou choro com o indicador em seus olhos.
— Eu não vou sumir pra sempre.
— É bom que seja mesmo. — Afirmou, Oliver.
— Não tem como eu deixar isso tudo. — Sinalizei a janela, mostrando a cidade de onde eu estava hospedada. — Nem vocês!
— Promete nos ligar sempre?
— É claro que sim!
Os abracei com força enquanto acabava de fazer as minhas malas.
— Eu quero notícias, fotos, e conversa por vídeo me apresentando o seu pai.
— Como quiser, Oliver. — Revirei o olhar rindo.
— E uma garantia de que irá voltar.
— Que garantia? — Perguntei para ela.
Tirou do seu pescoço um colar com um pingente de cristal rosa bebê, o qual sempre enchi suas paciências para ela me dar mas sempre falhei miseravelmente por dizer ser uma parte de si, e então me entregou em mãos.
— Se eu soubesse que assim eu ganharia o colar, teria feito antes. — Brinquei.
— É emprestado! — Sorriu. — É uma garantia que você irá voltar para me devolver.
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Entre Desafios [CONCLUÍDO]
Romansa+15 Saga Desafios: Livro um. Durante a sua vida, Amber não imaginava o quão doloroso seria perder a mãe e ter que cuidar do seu irmão adoecido, mesmo tendo seu pai ainda por perto. Os olhares curiosos sobre a sua vida a tiram da zona de conforto e d...