Agora eu pude entender, éramos todos vítimas, lutando por nossas ambições, mas eu já estava ali, todos já estávamos ali, todos passamos por muito em nossas vidas até chegarmos ali, naquele ponto. Seria ótimo se nós pudéssemos todos nos abraçar e dizer um ao outro que ficaria tudo bem, voltarmos para casa e seguirmos nossas vidas, mas não é assim que as coisas funcionam, não é mesmo? Não era possível parar o que estava acontecendo ali, todos tinham em suas mentes que aquilo era algo que deveria ser feito, que era a único solução... guerra... por que fazemos isso mesmo?
De igual para igual, lutavamos como bestas, cada golpe trocado era capaz de ecoar o mundo, éramos como o próprio apocalipse encarnado em corpos de carne, o planeta não suportaria nossa batalha. Tsunamis, terremotos, cada golpe trocado matava milhões de vidas, pessoas dentro de suas casas, em seus empregos, levando os filhos para a escola, e repentinamente : boom! Simplesmente morriam, sem saber o que tinha as atingindo, morriam sem um por que, sem merecer. A vida é engraçada.
Se passou 15 minutos, e lá estávamos nós, empatados, sabíamos que aquela luta não daria em nada, tínhamos a mesma força. Estava parado no céu, o encarando de cima, olhei para os arredores, e tudo o que eu podia enxergar era caos, o planeta não suportaria mais 1 minuto de nossa batalha. Suspirei, então decidi dar minha última investida.
Lá de cima, estendi meu braço direito para trás, nesse exato momento, Zeyfor começou a abrir um buraco no espaço, ele já sabia o que eu iria fazer. Comecei a criar uma energia na palma de minha mão, a fazia crescer, ficar mais forte, até chegar em um ponto que já não cabia mais em minha mão, mas ainda não era o suficiente, então levei meus dois braços para frente, e a fiz crescer mais e mais, até que não conseguisse mais controla-la, estava pronta! Tinha depositado tudo de mim naquela esfera de energia, então pude compreender : tudo o que eu sou é : destruição. Com toda a força que me restava, a lancei em direção à Zeyfor, minha última investida, minha última esperança.
Desculpas pai, desculpas mãe, desculpas Higor, Desculpas gatinho preto que não salvei, desculpas vidas que tirei, desculpas Terra, desculpas... Vranz.
(Perdi a consciência)
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Project : One.
General FictionDono de uma vida incrivelmente monótona e desanimadora, vivia sem rumo. Coisas estranhas começaram a acontecer, logo, recebi um tempo limite de vida, mas acabei por me apaixonar, e agora, terei que lutar pela minha.