Capítulo 21- Parte IV

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Maria Esperança Mallet

Colmar

Anos Antes

Calma meu amor se sua vovó me criou sozinha eu também o mesmo, sempre quis saber quem era meu pai e porque ele nunca supostamente me quis, e agora eu posso descobrir que passei boa parte da vida o servindo assim como minha mãe que puro ódio e ganancia fomos arrancadas de seus braços fazendo o acreditar que mamãe tinha o deixado de amá-lo coisa que nunca acontecido, e graças a um anúncio de jornal nossa vida mudou da agua para o vinho literalmente.

" O Senhor e a Senhora Chermont, estão à procura de uma arrumadeira e de uma babá para sua herdeira. Interessados entre em contato conosco (55) 7645-42361, no endereço Rua: Bosque das Flores 1246 no Centro, das 7H00 às 17H30. Por favor falar com o Senhor Chermont e com Brigite a governanta"

Bosque das flores nem sempre foi florido por e sobrenome, um deles se chama Denise e o outro Luzia que nem sempre foi assim espinhosa só precisava de apenas duas coisas de amor e de se sujar e se divertir, e isso acontecia com minha ajuda e de Catarina mamãe, mas os castigos que Denise aplicava em sua própria filha o que partia meu coração forçando a me afastar dela e de seu pai que discutia com sua esposa por nossa causa, ainda mais quando fui no meu primeiro dia numa escola que nem se eu morresse trabalhando conseguiria pagar e muito menos depois de eu ter feito o que fiz. As brigas entre marido e mulher não se mete a colher e o que diz mamãe, mas briga de pai e filha eu teria que me meter sim, eu precisa fazer algo por ele, já que sofria o pão que diabo amassou nas mãos da mulher que deveria amá-lo tanto quanto a amava.

- NÃO LUIZA, NÃO FALE ASSIM COM SEU PAI GAROTA, SABE O QUE EU DARIA PARA ESTAR EM SEU LUGAR? TUDO, QUERIA TER UM PRINCIPE COMO ELE PARA CHAMAR DE PAI, VOCÊ TEM O TRATA COMO UM BOBO DA CORTE.

- CALE A BOCA SUA EMPREGADINHA, VAI DEIXA-LA FALAR ASSIM COMIGO PAPAI.

- Filha por favor.

- ODEIO VOCÊ, ODEIO VOCÊS!

-  VOCÊ PODE ME ODIAR A VONTADE, MAS A ELE NÃO.

- Obrigado Esperança, ninguém nunca havia me defendido assim antes.

- Não me agradeça senhor Chermont, fiz apenas o que deveria ter feito desde que aqui cheguei, mesmo que isso resulte a demissão de mamãe eu mesma tinha dito para encontrar um outro emprego ainda era a melhor decisão, mas a dona Catarina as vezes consegue ser tão teimosa quanto eu, ela deveria ter me ouvido.

- Também acho e assim pela primeira vez concordo com você garota sua mãe deveria ter ouvido sua...

- NÃO SE ATREVA A ENCOSTAR UM DEDO EM MINHA FILHA! Seu problema sempre foi e sempre será comigo, então é comigo que vai resolver.

- QUERO AS DUAS FORA DA MINHA CASA O QUANTO ANTES.

- NÃO! Essa casa é mais minha casa do que sua, então elas vão ficar ou você perderá toadas suas mordomias.

- PERDER TUDO? O que fez com marido, você levantou a voz para mim Vincent, o que está tendo um caso com a empregadinha.

- NÃO! Seu marido não está tendo um caso com a empregadinha, até porque não me meto com homens casados como umas e outras por aí...

- CALE A BOCA CATARINA, VOCÊ NÃO SABE O QUE ESTÁ DIZENDO. Nossa ela ainda sabe como mamãe se chama e acho isso muito bom, mas precisava ver sua cara quando mamãe quase revelou o seu segredo, que com o tempo eu iria descobrir Denise estava tendo um caso com o pai do ex- pretendente da própria filha. Os anos passaram e o segredo fez o bosque florescer novamente e graças ao silêncio de ambas. Férias elas chegaram é mesmo que não tenha para onde ir e nem aquém visitar, mas era nas férias que eu encontrava a minha verdadeira paz e tranquilidade, e tudo isso porque os Chermont sempre iam viajar e era nesse período que tinha um tempo livre com minha mãe e como meus poucos amigos do colégio eu só sentia falta dele, eu só lamento muito pelo senhor Chermont, se hoje sou apaixonada por literatura é porque era ele que passava horas e horas na biblioteca lendo para mim e para a malcriada de sua filha importante opinião perdendo o verdadeiro encanto, mas isso não é e não pode ser sua culpa e sim da dona Denise.

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