Marcella
Hoje é o último dia de feira do livro. Eu não quero ir embora nunca mais, porém, na segunda feira volto para a realidade. Tenho mantido René a par de tudo o que eu faço aqui. Achei vários escritores locais interessantes, não consigo decidir o melhor. René disse que está amando os meus relatórios, me disse que escolheu a pessoa certa para este evento. Fico feliz com isso, espero poder voltar no próximo ano.
Aproveito que hoje é meu último dia e passeio pelas lojinhas de Römerberg. Consigo achar uns souvenir para dar de presente para algumas pessoas. Depois do almoço, vou passear pela Universidade de Frankfurt. Eu sei que pode parecer uma visita chata, mas eu sempre amei esse lugar. Para mim não tem nada de entediante, e quero aproveitar e saber mais sobre o curso de línguas modernas que tem aqui. Nunca se sabe o que a vida nos reserva.
Me sinto completamente em paz aqui. Quer dizer, quase completamente em paz. Sinto que falta alguma coisa, e não é bem uma coisa, é alguém. Charles. Acho que estou imaginando coisas, mas ele tem andando meio aéreo. Ele quase não tem mandado mensagem, e às vezes que nos falamos foi porque eu mandei uma foto ou perguntei como ele estava. Ele me pediu desculpas umas quinhentas vezes e disse que não é nada, que ele tá meio doente e por isso tem esquecido de responder às minhas mensagens, ou de mandar alguma.
Espero que ele goste do que eu comprei para ele. Provavelmente ele vai me zoar pelo presente sentimental e meio feminino, mas eu achei um pingente de carrossel em uma das lojinhas pela qual passei, e pensei que ele pode acrescentar mais um pingente ao colar da sorte que eu lhe dei. É bom que ele vai sempre se lembrar de mim, por onde quer que vá.
Por volta de umas 20:00 estou de volta ao hotel doida para tomar um banho, terminar de arrumar as malas e dormir. 7:00 o meu voo sai. Mas eu não vou voltar para casa, vou para a casa dos Leclerc. É aniversário da mãe de Charles e Arthur, e todos os anos ela reúne a família para passar uns dias em sua casa de verão, mesmo que de verão o clima não tenha nada.
A casa fica em Nápoles, na Itália. Eu adoro a casa dos Lecler em Nápoles, pois me lembra aquele filme Sob o Sol da Toscana. Sei que não estamos na Toscana, eu não sou tão desorientada assim, mas me lembra. Gosto de sentar na praia com Arthur e Charles para assistir ao pôr do sol e beber umas cervejas.
Termino o que tenho para fazer e, antes de dormir, mando uma mensagem para Charles.
Eu: você me busca na estação de Nápoles amanhã?
Charles: Arthur vai buscar você, eu meio que vou estar ocupado.
Eu: agradeça a ele por mim. Boa noite então
Charles: ok
Ok? Nem um boa noite? Tá, essa atitude está começando a me deixar irritada. Fala sério! Como se Deus estivesse tentando me sacanear, começa o videoclipe de Señorita, na MTV. Só pode ser sacanagem! Tento ignorar a música, enquanto mexo no meu celular, mas quando ouço Camila Cabello cantando "locked in the hotel, there's just some things that never change. You say we're just friends but friends don't know the way you taste", desligo a TV em um piscar de olho.
Eu não acredito que a minha vida amorosa virou a porra de uma música pop!
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O meu melhor amigo
FanfictionMarcella Senna da Silva Pellegrini, Jules Bianchi e Charles Leclerc são melhores amigos desde sempre. Jules é um piloto ambicioso, dedicado, leal e vem de uma família influente de Nice, França. Charles Leclerc, assim como Jules, é um piloto dedicado...