Capítulo 3 - Moldovan

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Olá lindxs,

mais um capítulo pra vcs e mais um personagem começa a aparecer. hihihi. 

tô amando essa história.

na mídia a banda Stampie com a música Linden so gron.

agora só sexta. 

bjokas.

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Capítulo 3 – Moldovan

(dias atuais, ou seja 2650)

O sol refletia nas torres e vitrais da catedral de Moldovan. Situada no coração da cidade, ainda mantinha sua etérea beleza a plena luz do dia. Altas janelas de vitrais e incontáveis bandeirolas de seda transformavam suas paredes com santos enfileirados e os tetos abobadados em uma visão do paraíso – a mais próxima do céu sobre a terra que os fiéis veriam.

Moldovan foi uma das primeiras cidades flutuante construídas na antiga Itália. A data de sua conclusão remonta o final da III Guerra, isso dá bem uns quatrocentos anos. Agora era uma das cidades-Estado. Controlada por um Bispo. O solo abaixo dela foi descontaminado e fornecia alimentos para os de cima. Por causa das catástrofes naturais e armas nucleares o clima mudou e a colheita desse ano e do ano passado foi muito ruim. A estação das chuvas foi curta e o período de seca veio junto com um calor causticante.

Como se não bastasse a colheita desse ano mal dar para alimentar os moradores já famintos, Vossa Eminência, o Bispo, aumentou os impostos, a fim de manter cheios seus próprios cofres e armazéns. O espectro da fome assombrava as ruas lúgubres da cidade. Contudo, enquanto a Igreja Redentorista governasse, o povo pagava e passava fome. Era isso ou viver com os miseráveis no chão e o perigo da contaminação.

O Bispo de Moldovan estava diante do altar enfeitado, uma figura resplendente em suas vestes de brocado branco. Ele entoava o Credo da missa, em uma cantilena aguda e sem tonalidade, que mais era uma ameaça do que uma promessa de redenção. Os fiéis diziam amém nas pausas ou outras palavras sem sentido que haviam decorado mecanicamente. Se alguns deles ousassem olhar com cuidado o Bispo diretamente, fingiam que não notavam o contraste entre a riqueza de seu vestuário e a situação decrépita dos cidadãos de Moldovan. O clérigo era um homem alto, já entrando na casa dos cinquenta anos, o rosto mostrando uma beleza incomum, e os olhos brilhantes, pálidos e implacáveis como gelo.

Um estrondo foi ouvido no meio do serviço religioso. O balanço quase imperceptível da catedral anunciava que a cidade prisão de Aosta estava atracando em Moldovan. Era época das execuções. Depois de um segundo de suspensão o Bispo retomou a liturgia, despreocupadamente.

Uma pequena multidão dos cidadãos menos devotos de Moldovan se reunira na praça. Observavam com apatia a finalização do cadafalso onde os criminosos sentenciados à morte seriam enforcados. O governo central Redentorista chegou à conclusão que esse costume mantinham a população na linha. Os guardas e o carrasco já se dirigiam para o local aguardando a lista de prisioneiros. Os uniformes vermelho e negro destacavam-se em contraste contra as roupas andrajosas e remendadas da multidão.

A Maldição da Colina (NaNoWriMo - 2019) (Completa)Onde histórias criam vida. Descubra agora