Capítulo 27 - O destino move suas engrenagens

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Olá lindxs,

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Olá lindxs,

E vamos lá... mas um pouco de tensão pra vcs. hehehehe. eu sei. mas, eu juro que não é de propósito. estamos cada vez mais perto do final da história. será que Elazar mata o Bispo ou quebra a maldição. escolha difícil. 

mídia: Wolf an dro do Omnia. 

até a próxima att.

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Capítulo 27 – O destino move suas engrenagens.

Finalmente todo o clero se acomodou na imensa nave da catedral. Mil pequenos ruídos de vestes roçagantes e de pés que se revezavam, sustentando o peso do corpo, enchiam o silêncio expectante no momento em que dois acólitos fecharam lentamente as portas gigantescas do templo. A escolta do Bispo enfiou uma pesada chave na fechadura dourada.

A recitação da missa começou. Quando Filipe ouviu os cânticos ecoando pela nave da catedral, tornou a empurrar o gradil para cima. Desta vez, ele não se moveu do lugar. Perplexo, o rapaz recuou e espiou por entre os orifícios da grade. Duas pernas nodosas, envoltas em vivas meias vermelhas, uma batina e uma bengala, foram tudo o que conseguiu enxergar. O secretário do Bispo estava de pé sobre o gradil.

Filipe espremeu-se contra a parede encurvada da tubulação, tamborilando nervosamente os joelhos com um punho fechado. Quanto tempo aquilo iria demorar? Até quando conseguiria ficar pendurado ali, à espera de que aquele imbecil ficasse inquieto e se movesse? Enxugou o rosto com a mão suja. E se Elazar já estivesse a caminho?

Silenciosamente, ele pegou sua adaga e empurrou a lâmina por entre o rendilhado do gradil. Enviesando-a, espetou o pé do secretário do Bispo. Uma perna de meia vermelha saiu de seu campo visual, quando o homem coçou o tornozelo. O pé voltou a pousar sobre o gradil. Filipe espetou de novo, agora com mais força. O secretário saltou de lado, com um grito de dor e horror. Outro par de pés, sandálias e uma veste branca de frade, apressaram-se a socorrê-lo.

— O que houve, senhor? — perguntou o frade, solícito.

— Ratos! — exclamou o secretário, em voz estridente.

Enfiou a ponteira da bengala entre os rendilhados do gradil e Filipe recuou e, por um mero centímetro, escapou de ter o rosto ferido.

— Que escândalo! — murmurou o frade.

Filipe ouviu o som de pés que se afastavam e soltou um suspiro de profundo alívio. Tornou a olhar para cima e constatou que era perfeitamente nítida sua visão da rosácea do templo. Fez o gradil deslizar para um lado e depois caminhou sinuosamente para a capela lateral, que estava vazia.

Agachado, olhou para as portas enormes, no fundo do templo. Franziu o cenho, preocupado. Estavam muito distantes, jamais chegaria até elas sem que o percebessem, com sua atual aparência e despedindo tal um cheiro acre da tubulação. Passeou nervosamente os olhos pelo interior da capela. Descobriu uma grosseira veste branca e pilhas de cestas abandonadas num canto por algum acólito apressado. Cruzou o aposento em silêncio e enfiou a veste por cima de seus andrajos lamacentos.

A Maldição da Colina (NaNoWriMo - 2019) (Completa)Onde histórias criam vida. Descubra agora