Capítulo 6 - De volta ao chão

306 70 293
                                    


Olá meus lindxs,

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Olá meus lindxs,

Att adiantada de novo. não se acostumem. rsrs. é que vou viajar semana que vem. aí já tô adiantando.

Na mídia: Brunnuh Ville. música: the last of his name. 

Att na segunda. acho eu. 

bjokas

**

Capítulo 6 – De volta ao chão

Isaac quase não usava o escritório do gerente do cassino. O escritório de Elazar. Sentir o perfume dele era reconfortante e desesperador ao mesmo tempo. Os novos administradores já estavam agindo com plenos poderes e funções. Ele só estava usando o aposento para uma última reunião.

Estava tudo pronto. E mesmo que ele estivesse ansioso para rever sua cidade natal. Seu coração pesava em deixar esse lugar que aprendera a amar nos 10 anos que seguiram seu autoexílio.

Recolhia as coisas que Elazar não teve tempo de pegar durante o dia. O porta-retratos ainda estava lá. Isaac o pegou. As pontas dos dedos passando pelo rosto ao lado do seu na foto. Sentia falta do toque, do calor, dos beijos, do cheiro... Virou o objeto nas mãos, destravou a tampa e retirou a fotografia. O contraste perfeito entre eles. Um loiro o outro moreno. A pele clara na escura. Olhos verdes nos castanhos. O dia e a noite.

Guardou a foto no bolso do paletó azul-escuro feito sob medida. Junto com a carta que recebera há dois dias e que já estava se desfazendo de tantas vezes que a relera. Sentou-se na grande cadeira de couro sentindo o perfume dele. Encolheu as pernas no assento, parecendo uma bolinha. Sentindo os braços imaginários o segurar apertado.

A porta abriu com um estrondo e Isaac se endireitou com um pulo para ver seu assistente ou melhor ex-assistente entrar tempestivamente pela sala. O rapaz aparentava ter seus vinte e seis anos, vestia calça de couro preta cheia de correntes, uma blusa arrastão deixando a mostra piercings nos mamilos. Cabelos escuros espetados e delineador nos olhos.

– Jeremy Smithson, você ia embora sem se despedir de mim? – O rapaz colocou as mãos na cintura. O semblante devastado de indignação e tristeza.

– Eu não queria uma despedida chorosa, mas acho que não consegui ser bem-sucedido. – Sorriu sem graça.

O mais jovem cruzou a sala deu a volta na mesa e agachou diante da grande cadeira onde Isaac olhava a aproximação com uma certa expectativa. – Jerry, você foi mais que um pai pra mim. Me salvou da fome, da prostituição, das drogas. De mim mesmo. Deu uma casa e um futuro pra mim. Em que universo você acha que poderia ir embora sem falar comigo?

– Chris... – Chamar o nome e abrir os braços foi o suficiente para a rebeldia no olhar do rapaz de transformar em saudade e um choro sentido e soluçante ser desencadeados nos braços protetores de seu pai adotivo.

A Maldição da Colina (NaNoWriMo - 2019) (Completa)Onde histórias criam vida. Descubra agora