Nineteen

710 157 79
                                    

》Dois meses depois《

Jooheon correu até o sofá com um balde de pipoca em mãos e se sentou ao lado de Ily, que agora estava entre ele e Minhyuk.

— Não trouxe nada pra beber? — o loiro perguntou ao pegar um punhado de pipoca e o mais novo suspirou.

— Eu esqueci...

— Eu pego. — Minhyuk se levantou e logo escutou a campainha tocar — Está esperando alguém?

— Eu? Não, deve ser entrega.

— Domingo? — o mais novo deu de ombros e se levantou.

— Eu pego o suco e você atende, deve ser pra você. — o loiro assentiu e ajeitou o cabelo enquanto caminhava até a porta, assim que chegou até ela, a abriu e deu de cara com uma mulher magra, com fios pretos na altura do ombro e vestindo roupas sociais.

— Posso ajudar?

— Lee Jooheon está? — o loiro arqueou uma sobrancelha e assentiu.

— Está tudo bem? — Jooheon perguntou do lado de dentro da casa.

— É pra você.

— Eu acertei, né? É entrega? — perguntou ao caminhar até a porta com um sorriso no rosto, sorriso esse que se desfez assim que viu quem estava alí.

— O que foi? — o loiro perguntou confuso, logo percebeu o clima estranho que se instalou.

— Minhyuk, pode começar a assistir o filme sem mim.

— Mas...

— Está ficando tarde, prometemos a Ily que ela assistiria antes de dormir, mas ela tem aula amanhã, então é melhor que assista logo. — disse sem ao menos olhar para o loiro.

— Ta, tudo bem... — Minhyuk respondeu e entrou desconfiado.

— O que você quer? — Jooheon perguntou para a mulher ao sair e fechar a porta.

— Jooheon, eu...

— Vai embora daqui.

— Eu não vou a lugar algum até você me escutar.

— Como me encontrou?

— Eu aluguei uma casa aqui perto e por coincidência te vi na padaria com o avental. Esperei você ir embora e então entrei dizendo que era uma amiga e que você combinou de me encontrar lá, mas meu vôo atrasou, eu cheguei tarde, você não atendia o telefone e eu não tinha pra onde ir, então eles me deram seu endereço.

— Você é maluca.

— Você pode pensar o que quiser de mim, mas nós precisamos conversar.

— Nós não temos o que conversar.

— Como não, Jooheon? Nós temos uma filha juntos.

— Eu tenho um filha. Você não tem mais nada a ver com a Ily.

— Ily? — perguntou e suspirou — Eu não acredito que você colocou outro nome nela...

— Ily era o nome da mulher que perdeu um bebê e se ofereceu pra dar o leite pra minha filha porque a mãe simplesmente desapareceu do hospital.

— Eu não tinha a obrigação de ficar, eu não queria ter a criança. Você insistiu pra que eu a tivesse, mas eu não queria.

— Eu sei e sou muito grato por você ter aceito terminar de gerar ela, por muito tempo eu te culpei e te odiei pelo que você fez porque eu não queria ver minha filha como um problema e precisava pôr a culpa em alguém. Mas agora eu vejo que a decisão foi minha, o culpado fui eu e eu tomei conta das consequências. Você não tem absolutamente nada a ver com isso ou com a minha filha.

— Eu era muito jovem Jooheon, eu não tinha condições de ter uma filha.

— Eu também não tinha.

— Mas foi uma decisão sua.

— Sim, ter a Ily foi a minha decisão e mesmo passando por tanta dificuldade, eu não me arrependo. Eu entendo a sua atitude, mas você tomou sua decisão a três anos atrás.

— Eu só quero conhecer ela, você não pode me privar de ver a minha própria filha.

— Por favor Sihee, vai embora. Você tomou a sua decisão, eu não posso deixar você confundir ainda mais a cabeça dela. A Ily está bem sem você, eu estou bem sem você. Agora se você me der licença, eu vou assistir um filme com a minha filha e meu namorado.

— Jooheon, eu... — a mulher tentou dizer, mas parou assim que Jooheon entrou rapidamente na casa e fechou a porta.

FamILY [Joohyuk]Onde histórias criam vida. Descubra agora