PDV. Míriam
Ter um pai e uma mãe é muito bom faz tanto tempo que eu não me lembro de como é ter os dois.
Faz muito tempo que eu não me lembro como era minha vida antes das ruas.
Cléo é maravilhosa sempre conversando e perguntando como eu me sinto mesmo na maioria das vezes me tratando como um bebê.
Já Cruel é a parte mais divertida sempre me levando pra conhecer o morro e me ensinando como cuidar dele aprendi mais no morro e nas ruas do que na escola e como meu pai sempre diz.
"Não sei porque pagar uma escola tão cara"
As vezes eu concordava com meu pai mais minha mãe sempre diz que eu tenho direito de escolhar que não preciso fazer algo pra agradar ninguém.
"Ninguém Míriam deixaria de fazer alguma coisa pensando se isso vai machucar você ou não "
E pra variar ela está certa.
Já estava quase no topo do morro quando vejo Gil e alguns vapores no topo do morro sentados.
- Pai o que vamos aprender hoje?- não sei o porquê de Gil estar aqui.
- Vamos lutar e vou ensinar a você a atirar - pensei que ele não iria me ensinar a atirar agora. - Mais precisamos se incentivo pra você se sair bem - Não entendi o que ele quiser dizer com isso.
- O que? - escuto a voz de Gil e quando olho vejo dois vapores segurando Gil - Me solta porra - ele se mexe mais nenhum dos dois soltam.
- Vai funcionar assim cada vez que você errar um tiro Gil vai receber um - olho pro meu pai assustada. - Cada vez que você levar um golpe Gil vai levar um vamos ver até quando esse filho da puta continua com gracinhas - olho pra Gil que me parece surpreso.
- Mais pai porque?- ele não me responder ao invés disso ele quase carta um soco na minha cara.
- Regra número ... - ele parece estar pensado - Quer saber esquece o número - ele continuava tentando me acertar. - Sempre vão m usar quem você ama contra você - foi uma pequena distração mais o suficiente pra que ele me aceitasse um soco.
Não foi nada muito forte não vai ficar roxo mais contida certeza vai ficar vermelho.
Sou tirada dos meus pensamentos quando escuto um barulho forte e logo depois escuto Gil resmungar.
- Eu não amo ele deixe ele ir - se ele fosse apanhar por cada erro meu com toda certeza não vai sobrar ninguém pra mamãe enganar na hora do sorvete.
- Quer mentir pra mim menor?- péssima escolha - Você diz isso agora mais eu sei do que eu estou falando - se antes ele estava pegando leve pode ter certeza que acabou ali - Sabe quantas vezes matei alguém que me ajudou?- ele começa a vir pra cima de mim cada vez mais rápido.
- Cruel deixe a menina ir - escuto a voz de Gil e quando olho pra ele sinto uma dor horrível na minha costela.
- Cala a boca caralho - se a vida dele depende da minha ele deveria ficar calado.
- É Gil escuta a menor não quer saber como ela vai se sair na aula de tiro não?- merda tinha me esquecido disso.
Minha mãe sempre fala "quem bate esquece quem apanha lembra", eu cansei de apanha tá na minha vez de bater.
A vida é injusta pra caralho meu pai tem anos de experiência eu só tenho meses, fica cada vez mais difícil dizer que foi treinamento na "academia" com todos esse machucados.
Minha mãe brigava sempre com ele mais sua resposta é sempre "A menor é minha herdeira vai assumir o que é meu e precisa aprender a cuidar como eu cuido"
E aqui estou eu levando uma surra dia sim e dia não do meu pai, apesar de apanhar muito e bater poucas vezes não era nada grave que ele levasse pro hospital acho que isso faz parte do acordo silêncio que eles dois tem.
Começo a ir pra cima dele já sabia cada movimento e de como ele me atacaria e aonde ele acha que sou mais vulnerável.
Só preciso espera a hora certa força nunca vai ganhar pra jeito minha mãe diz que eu tenho um ótimo jeito pra confusão.
Tá na hora de ver se a verdade.
💥💥
Né força é jeito...
Cruel tá quase tentando mata essa menina...
E Gil também
Comentem a história só fica melhor se vcs participarem
Link do grupo na minha biografia
Lá vocês ficam por dentro de tudo que aconteceu e o que vai acontecer em todos os meus livros inclusive de novos projetos
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Uma noite
Teen FictionNão sou uma mocinha ingênua e indefesa que precisa ser salva ou bancada. Sei me defender e me cuidar sozinha. Não sou do tipo que se apaixona fácil e muito menos uma que precisar ser salva. Essa história é sim sobre morro e chefe de tráfico mais ao...