PDV. Cruel
Não queria ter falado nada daquilo pra ela, mais tem coisas que eu não consigo mudar por mais que eu tentei nunca vou mudar 100%.
Todo mundo sabia que meu uso de drogas não me afetava em nada pelo contrário me deixava mais atento aos detalhes.
Doeu pela primeira vez na vida sentir uma dor que não foi física mais sim emocional, não quero me afastar da minha menor é muito menos da minha mulher mais a segurança delas valem mais que qualquer coisa.
- Podemos ficar seguras aqui no morro não precisa colocar a gente pra fora com se fossemos um cachorro doente - continuei sentado na escada.
Cléo estava ajoelhada na minha frente e a menor estava do seu lado.
- Eu não sei até quando o morro vai estar seguro quero as duas longe daqui agora - Míriam apoia a cabeça no meu ombro.
- Vem com a gente papai - não vou correr do meu morro com se fosse um rato medroso esse papel eu deixo pros vermes.
- Tenho que cuidar do que é nosso - levei tanto tempo pra ter tudo isso pra mim.
- E de mim quem vai cuidar?- ela é tão parecida com a mãe.
No começo usei Míriam sim pra fazer Cléo ficar presa em mim pra sempre mais a menina foi me conquistando.
Pra quem fala que os fins não justificam os meios.
- Sua mãe vai cuidar não vai ser pra sempre - essa vai ser a última vez que me afasto delas.
- Vamos meu amor quando você menos notar já vamos estar de volta - Cléo passa a mão nas costas da menor que começa a subir as escadas.
- Coloquei alguns homens por segurança mais vão manter distância, evite sair muito de casa por segurança quando tudo isso acabar eu vou buscar vocês - ela continua me ouvindo sem falar nada ou piscar. - Um vapor vai estar te esperando na avenida principal - eu não posso levar elas.
- Tem alguém te vigiando não é?- nunca duvidir da esperteza da minha mulher.
- Sim tem que pensar que brigamos - sinto quando sua mão passa pelos meus ombros e subir até meu cabelo.
- Sabe que isso não vai funcionar não é?- abro um sorriso e confirma com a cabeça.
É um plano ridículo.
- Foi o deu pra pensar em ta o pouco tempo - isso é verdade perdi boa parte do tempo pensando como mataria Vavá.
Escuto os passos da menor descendo as escadas Cléo pega a mochilas que estão com ela.
- Vou sentir sua falta - ela não sabe como eu também sentiria a dela.
Mais eu odeio despedidas conformei com a cabeça e subi as escadas.
PDV. Cléo
Fico olhando Cruel subir as escadas sem olhar pra trás.
Tão Cruel.
- Ele vai sentir nossa falta mãe?- já estava na cara isso.
- Com todo certeza moçinha principalmente dos seus deveres de biologia - Míriam começa a rir.
Ela já estava estudando anatomia do corpo o que deixava Cruel puto por sua bebê está vendo um pau no livro.
O que ele me disse me machucou muito mais o que ele falava não chegava aos olhos uma qualidade que eu invejava em Cruel era a sinceridade com que ele fala com você.
O que ele disse foi o que ele pensava mais acho que ele estava guardando isso pra uma próxima briga.
Que pena que ele perdeu essa oportunidade.
Sai de casa com as nossas mochilas assim que passo pela porta os vapores me olham tristes.
Pelo visto a conversa foi muito alta.
Nenhum deles ajudou ou falou qualquer coisa do tipo mais eu tenho certeza que todo o morro já sabe do pé na bunda que eu levei.
Míriam não falou nada em quanto descemos o morro entramos em um beco que quase sem iluminação.
O que já é um milagre eu não sei porque esse povo insite em quebrar as lampadas.
O beco tava deserto mais o barulho que vinha da rua me deixava cada vez mais tensa surpresa menos foi ver Cruel todo ofegante e com uma arma apontada pra mim.
- Por favor... - Míriam começa a chorar.
Os olhos dele estão fixos em mim, ele começa a caminha em passos decididos maia silenciosos.
- Pa... - antes que Míriam termine Cruel dispara.
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Uma noite
Novela JuvenilNão sou uma mocinha ingênua e indefesa que precisa ser salva ou bancada. Sei me defender e me cuidar sozinha. Não sou do tipo que se apaixona fácil e muito menos uma que precisar ser salva. Essa história é sim sobre morro e chefe de tráfico mais ao...