05 - Uma GRANDE... Ladra

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O dia amanheceu agitado, antes mesmo do almoço, a cobrança veio apressada por parte do comprador. Ainda no quarto tendo tomado café a poucos minutos, era obrigada a tal ladainha. Mal conseguia prestar atenção nos detalhes comuns do dia com Luke querendo levar a melhor no telefone, antes mesmo de ter o artefato em mãos:

- Mina, mudança de planos, estou chegando.

- Que surpresa. Não esperava que fosse se dar ao trabalho.

- Correu tudo bem?

- Claro. -Afirmou, seca.

- E por que estou sentindo um pouco de insegurança?

- Todo trabalho tem seus contratempos. Nada que eu não pudesse resolver.

- Valeu a pena o esforço ou assim como eu, você já está pensando duas vezes?

- O que quer dizer com isso?

- Acha mesmo que eu iria cruzar o oceano só por um pé de coelho? Vou aproveitar uma folga nos Estados Unidos.

- Não vai buscar hoje?

- Você quer dizer, "Você não vai me entregar hoje?"

- Tanto faz. É pra hoje ou não?

- Talvez, honestamente, não estou com pressa.

- Mas eu estou. Não gosto nada de ter esse negócio em casa.

- Ossos do ofício, senhorita Chandler.

- Me diga onde você vai ficar, posso te mandar pelo correio se for preciso.

- Acontece que há muitas outras coisas interessantes para ver e adquirir pelas redondezas. Já não sei se você é minha primeira escolha.

Bela engoliu a raiva calando-se por um segundo, não podia deixar ele desistir:

- Bem, eu arquei com a missão por opção. Houveram tempo e energia gastos nisso, não mereço ao menos um reconhecimento e empolgação?

- Se tivesse tido um esforço real na coisa toda, não estaria falando comigo em tom de deboche.

- Negativo. Não faz ideia do que eu passei para isso.

- Seja como for, estou a caminho. Vamos acabar nos esbarrando a qualquer momento. Meu jatinho vai pousar no Aeroporto particular de Newark por volta do meio dia.

- Não é tão longe.

- Não é um encontro.

- Falando assim, me faz pensar que na verdade você não está com o "acordo" no bolso. Estou certa, Luke?

- Não duvide de mim. Duvide da veracidade da mercadoria.

- Não há nada para duvidar disso, querido. Parece até que está com medo.

- Devido a recentes descobertas, estou sim.

- Me diga.

- Parece que o amuleto não funciona como eu previ. A sorte instantânea vem com força, mas só se o sujeito não perdê-lo. A pegadinha, é que a suposta maldição faz com que você o perca de uma maneira ou de outra. Não adianta guardá-lo em cofres, você o perde a qualquer custo. A sorte vira e você morre de azar em poucos dias. O Pé é uma sentença de morte.

- Oh... -Fingiu espanto, fazendo pouco caso. - Meio tarde pra fazer a lição de casa. Além do mais, existem milhares de rituais que podem ser feitos para prevenir isso. Com algumas velas e o mojo certo você pode transformar a maldição numa bênção.

BELA TALBOT - Uma Corrida Contra O TempoOnde histórias criam vida. Descubra agora