Contou os dias esperando este chegar. Finalmente vinha o momento da tal consulta com a curandeira que segundo Mark, podia enganar a morte. Ele fez o favor de marcar sua visita que a propósito, não saiu barato. A tal senhora cobrou cem mil dólares pelo feitiço, que nem seria feito na hora. Hoje, seriam as preliminares. Bela entregaria o dinheiro enquanto a bruxa lhe diria quais ingredientes precisaria comprar para que o ritual fosse enfim realizado, coisa que também insistiu em só fazer pessoalmente. Bela tinha em mente, fazer de tudo para que o ato fosse feito hoje, a menos é claro que a desgraçada pedisse coisas bizarras como cabeça de coelho, olho de águia ou outras palhaçadas quase impossíveis de conseguir.
Enfrentou a rodovia para New Jersey no período da tarde, ali pertinho, com ânimo. Já tinha almoçado, Amendoim tinha ração o suficiente, havia tempo... Pelo menos pra hoje. O tráfego era calmo, sem congestionamento. Rodovias não são bem o forte das segundas-feiras, aparentemente.
Até o rádio estava ligado. Quais músicas eram, não importava muito, serviam só como uma extensão de seu bom humor. Tudo parecia se resolver. Chegou até a olhar pro céu ensolarado procurando por algum problema, alguma nuvem escura ou ameaça de tempestade porque, quando tudo vai bem demais, é hora de desconfiar.
E como queria estar errada. Como sempre, o celular tocou.
- Ah, saco! -Reclamou, mas tratou de mudar a feição para uma mais alegre, não queria dar corda num incômodo ou mau humor, não hoje. Alcançou a bolsa no banco do passageiro como de praxe, trazendo o aparelho ao ouvido: - Alô?
- Oi... Bela? -Era Dean, acanhado.
- Está com saudades, "amor"?
- É... pois é! -Riu, comedido. O que estaria acontecendo? Provavelmente algo bem barra pesada. Não é comum ter um Winchester todo alegre, sem graça ou brincalhão na linha. Poderia ser sarcasmo só pra puxar seu tapete com uma ameaça logo em seguida, vamos ver.
- Dean, querido, estou dirigindo agora. Quer me ligar depois? Antes que eu leve uma multa e faça você pagar? -Hilário em como levava a conversa com ele feito uma boa esposa expressando seu devoto amor pelo marido, quando soltava insultos e ironia. O rapaz seguia com a onda:
- Então, "Docinho", sabe que eu te amo, não é?
- Sei. E sei que você vai me pedir dinheiro.
- Awn, que isso. Faço tudo por você.
- Deixa de palhaçada, Dean. Isso já perdeu a graça.
- É, ta bom... Ahm...
- Vai falar o que é ou vai me fazer adivinhar?
Ele respirou forte na linha, esgotando a paciência da mercenária:
- Me liga quando aprender as palavras que tem que dizer, tchau.
- Não, não, espere!
- Sam já segurou o texto pra você ler?
- É o seguinte, Bela. Eu e o Sam queremos te ver. Será que você pode passar aqui?
- "Aqui" é muito vago.
- Pittsburgh.
- É muito longe.
- Longe? É só um estado de distância. E você corre rápido com seu carro engomadinho. Pode chegar aqui em 4 horas.
- Sou rápida, mas não precisa exagerar. E se bem me lembro, na última vez você ameaçou me matar. "Te amo", porém, não tenho motivos pra ver sua cara, estou ocupada hoje.
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BELA TALBOT - Uma Corrida Contra O Tempo
HorrorConheça Bela Talbot, uma caçadora de artefatos mágicos raros, que atua como mercenária no campo do ocultismo. Armada e perigosa. Uma ladra, traiçoeira, egoísta e venenosa. Mas, será mesmo? Graças a tragédias que se abateram em sua vida, Bela descobr...