Capitulo 9

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BRUNA NARRANDO:

Philippe e eu estamos esperando nosso voo para o Brasil, nunca quis voltar tão rápido para meu país. Ele me surpreendeu com duas passagens de primeira classe para passar mais tempo juntos.

Eu me senti mal de falar que ia voltar de jatinho, então aceitei o convite e aqui estou.

Foram incríveis esses dias, não vou reclamar, mas quero ficar o mais longe possível de Neymar.

Eu estou com minha cabeça encostada no ombro de Coutinho e com minhas pernas em cima da mala ouvindo música, quando ele fala:

- É nosso voo Bru, vamos?

- Sim - eu respondo já desencostando minha cabeça de seu ombro.

Ele pega nossas malas e começa a andar, eu o sigo. Sinto um frio na barriga, como se algo mais forte fosse acontecer entre nós.

Logo tiro isso da minha cabeça, porque não quero homem nenhum na minha vida por enquanto.

Logo que sento no avião já adormeço, estou muito cansada do dia anterior.

Philippe me faz um cafuné na cabeça, o que me faz dormir mais tranquila. Quando eu era pequena, antes de dormir, minha mãe sempre fazia isso e eu adorava.

Mas então algo muito estranho acontece: eu começo a sonhar com meu casamento, mas eu não reconheço a pessoa com quem estou me casando. Quanto mais eu chego perto, mais ele se afasta.

E me sinto perdida, inútil, preciso daquela pessoa, ela é minha luz!

Então eu falo para ela parar, eu quero saber quem é.

- Eu te amo, mas agora não podemos ficar juntos, pelo menos não neste momento! - ele me responde.

- Eu te amo! - eu respondo rapidamente.

Eu acordo sem entender nada. Estou confusa, quando Coutinho fala:

- Eu também te amo!

Eu abraço ele, porque eu estou sem reação.

Olho para a janela, e penso: por que será que sonhei com isso? Esse sonho me lembra a minha história com Neymar, quando ele me falou que não podia mais ficar comigo, por causa do trabalho.

Neste momento, eu caio no choro, Philippe tira o fone de ouvido e pausa o filme que estava assistindo para ver o que está acontecendo.

- O que houve? - ele pergunta.

- Nada, eu estou bem.

- Tem certeza? - ele insiste.

- Sim!

- Eu sei o que vai te ajudar!

- O que?

- Um abraço! - ele fala já de braços abertos .

Ele é tão fofo. Nós ficamos abraçados durante um bom tempo, acho que encharquei a camisa dele com minhas lágrimas.

Quando eu vejo que já o suficiente me afasto um pouco. Nós nos olhamos durante alguns segundos, quando eu falo sem saber o que fazer:

- Vou ir ao banheiro lavar meu rosto.

- Sim. Vai lá. - Ele me responde.

No banheiro eu sinto que o mundo está caindo sobre mim. Eu percebo que ainda amo Neymar. E que estou dando muitas esperanças para Coutinho.

Lavo meu rosto, me olho no espelho e prometo para mim mesma que vou falar para Neymar que ainda o amo.

Quando abro a porta do banheiro, vejo quem está a alguns metros de mim: Neymar!

Um Amor Sem Fronteiras (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora