31 - Os olhos são a janela da alma

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Kylie point of views

   Alguém bateu na porta, poderia ser justin? Seria meu sonho! Mas eu estava sem esperanças, se arrependimento matasse eu com certeza estava morta e não é que eu não tenha tentado, apanhei por isso, por tentar ficar livre por bem ou por mau, estou aqui como um mero brinquedo sexual de Cristian, ele quer ter uma família comigo, casar e ter filhos, sustentando sua própria verdade em sí mesmo, eu odeio ele.
    Não tenho muitas expressões, antes eu lutava muito para fugir e hoje me dou por vencida, não tem escapatória e ninguém vai vir me procurar, certamente Cristian usa meu celular fingindo ser eu e dando desdobro em qualquer um que queira me visitar, bom... vai chegar uma hora que alguém virá aqui e ai poderei fugir, quais as chances? 5%?
   A hora que eu mais amava era a do banho, mesmo não tenho trancas por dentro nas portas, eu tinha o mínimo de privacidade, demorava horas o banho tentando tirar suas digitais de mim, seu toque maldito, a maioria do tempo que eu passava aqui me sentia suja, eu estava saindo do banho com uma toalha enrolada em mim, Cristian veio me dar beijos no pescoço, certamente transar de novo, meus olhos ja ficavam tristes e parece que como um salvação a campainha tocou, suspirei e fui arrastada até a porta, Cristian abriu ja sabendo quem era pois havia olhado pelo olho mágico.
   Assim que a porta abriu eu dei meu melhor sorriso vendo o Justin ali em minha frente, não podia evitar eu finalmente iria ser salva! Foi o que pensei até sentir um ferro frio fazendo contato com minhas costas através da toalha, como sempre Cristian não dá murro em ponta de faca atoa.

  Eu queria pedir pra ser salva, cair nos braços de Justin e ir embora, mas eu temia por ele, Cristian poderia mata-ló ja que estava preparado pra tudo, eu sabia o que tinha que fazer, apenas fazer com que Justin voltasse para casa mas minha mente gritava "por favor me salve"

Justin point of views

  No olhar que lancei para trás pude perceber frieza em seu olhar, parecia ter olheiras de noites mal dormidas, eu queria saber tudo sobre ela agora, o que andou fazendo pra estar com essas olheiras e porque permitiu essas marcas em seu pescoço, só eu fazia isso com ela...

Só eu...

Fiquei parado e fitei aquelas marcas em seu pescoço, Kylie não teria coragem de fazer isso comigo, ela nunca deixaria um homem fazer com ela as coisas que fiz nunca... essa história estava muito errada, Kylie não iria fazer isso! Olhei para meu amigo que assentiu para mim, ele parecia entender meus pensamentos, assenti de volta para ele e virei de frente para o casal logo dando passos curtos com uma aproximação lenta deles.

— Cristian, poderia me fazer um favor? —perguntei á ele modestamente.

— O que estiver ao meu alcance. —ele disse irônico.

— bom... —peguei meu celular do bolso e consequentemente deixei ele cair no chão, o barulho chamou a atenção de Cristian para o chão e eu aproveite a oportunidade pra avançar em cima dele enquanto empurrava Kylie para o lado oposto. — Vai se foder e larga minha mulher!

Cai no chão com Cristian e trocamos alguns socos, eu estava raivoso e não tinha intenção nenhuma de deixa-ló sair em pune desta, eles não iriam ficar juntos eu não iria permitir ele prender minha mulher assim, irá pagar com a vida. Escutei o choro de Kylie que pedia para que eu parasse e suspirei.
Odiava ver Kylie numa situação de desespero, ela sabia que eu iria me machucar e ainda sim mataria ele, poderia ter meus braços arrancados e ainda sim mataria ele, não desisto do que eu quero fazer principalmente se esse meu querer envolve um filho da puta que sequestrou minha garota.

— Vai pro Carro! — gritei e continuei a bater no filho da puta, meu amigo levou Kylie para o carro, aliás não queria que ela visse o estrago feito.

Justin? Justin? —escutei a voz de Kylie.

Justin! —a mão de Steve tocou meu ombro me fazendo voltar pra realidade,  eu estava ali ainda parado em frente a eles.

— Me desculpem, eu... —suspirei. — eu vou indo.

Sai do transe e vi o quão louco eu estava, como um usuário de drogas em abstinência, eu precisava daquela mulher perto de mim ela era o amor da minha vida mas não posso força-lá a ficar comigo, eu tenho tantas dúvidas... porque ela saiu assim tão de repente e veio logo para o meio do nada, por que velho me disse tudo aquilo? Eu não posso ter feito tudo isso em vão.
    Eu dei as costas para eles e ouvi a porta a caminho para ser fechada, aquele velhote não pode ter mentido pra mim, eu vi ele sendo mendigo na rua! Eu vi! Eu investiguei a vida dele, eu sei de tudo, então por que ela esta mentindo pra mim? Por que?

— Kylie? —sussurrei. —só quero saber uma coisa antes de ir.

— Ah... seja rápido por favor, preciso voltar, estou ocupadíssima. —ela disse incomodada com algo.

— Isso mesmo! Empata foda. —disse Cristian pretensioso e egocêntrico.

— Kylie você ainda me ama? —virei de frente para o casal.

— Parceiro... —Steve segurou em meu ombro.

— Espera, preciso ouvir sua resposta.

— Que porra é essa? Você vem na minha casa e faz uma pergunta dessas pra minha mulher? Vaza daqui desgraçado! Antes que a barra fique ruim pra você, vamos Kylie! —disse Cristian logo segurando a porta para fecha-la.

— Não. — ela disse olhando em meus olhos, não precisou dizer mais nada para que eu pudesse entender.

    Olhei para o Steve, lancei o olhar que ele já sabia o que era, não vim até aqui depois da história daquele velho, despreparado. Saquei uma arma que estava em minha cintura e apontei para a cabeça de Cristian que logo puxou Kylie para trás de sí apertando seu braço e apontou a arma para mim, Steve também apontou uma arma para ele.

— Solta ela e talvez eu terei piedade de você!

— Nunca deixarei que toque na minha mulher! —disse Cristian confiante.

   Ficamos um bom tempo parado nessa posição, Kylie não falava nada, apenas chorava muito, nem posso imaginar o que ela passou ai dentro com esse cara, dei um passo e ele ameaçou atirar, foi quando steve deu um tiro em seu pé e eu me joguei ao lado da parede pois consequentemente ele iria atirar em mim, bom, não adiantou muito já que levei um tiro no braço esquerdo, Steve conseguiu imobiliza-ló enquanto eu levava Kylie para o carro, meu braço estava doendo pra caralho mas eu precisava mante-la segura.

— Fique aqui meu amor, eu volto já. —Tirei minha camisa e dei para ela, encostei em seu ombro como sinal de que ficaria tudo bem e ela afastou para o canto do carro como se tivesse medo de meus toques, suspirei e voltei á casa.

   Eu estava tão bravo que não perderia tempo ligando pra polícia, como aquelas velhas histórias ele seria solto e procuraria Kylie novamente, remédio pra estuprador é bala.
   Ouviu-se vários disparos, disparei até que não sobrasse nenhuma bala no pente, Steve teve que me acalmar para que eu voltasse ao carro, eu queria matar ele e depois de morto faze-lo viver so para mata-lo novamente.
   Entramos no carro e Steve novamente dirigiu enquanto ligava para alguns contatos dele, precisamos limpar as pistas de crime no local, eu resolvi ir atrás com Kylie mas ela não quis ficar perto de mim e nem falou nada durante o percurso todo, ficamos em silêncio. Paramos pra abastecer, Steve desceu pra comprar algo para comermos e eu não quis sair de perto dela.

— Como você sabia? —Kylie disse em um sussurro sem olhar pra mim.

— Você pode tentar fingir mas eu sei quando está mentindo, vi você pedir socorro pela sua íris, os olhos são a janela da alma, Kylie, e eu consigo ver bem através dos seus.

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⏰ Última atualização: Nov 30, 2019 ⏰

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