29 - amor ou obsessão?

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Kylie Point of Views

  Eu estava feliz, apenas dois dias que estou aqui e ja sinto como se tivesse crescido nesse bairro, bom... não tem vizinhos e algumas casas estão abandonadas, Cristian disse que meu pai nunca conseguiu se mudar daqui pois foi aqui que ele conheceu minha mãe, foi muito bom ouvir de sua boca toda a história deles, um amor impossível e ardente mas que infelizmente acabou afastando ambos, a família rica de meu pai não aceitava o namoro dele com minha mãe então ela foi embora sem dizer que estava grávida, essa história daria um livro, uma pena ela ter morrido antes mesmo de reencontrar seu amor.
    Na casa de meu pai estava sendo construído um quarto, então Cristian e eu íamos direto na cidade vizinha comprar materiais, era divertido, até que o quarto foi terminado e não tínhamos mais nada a fazer, a porra desse quarto era robusta e fechava somente pelo lado de fora, estranhei mas Cristian disse que também achava esquisito e logo trocaria, esse iria ser meu quarto, estava tudo pronto para que eu desse um passo pro futuro, Papai convenceu Cristian a passar uns dias aqui em casa.
   Desci as escadas bocejando, havia dormido a tarde, estava cansada, vi meu pai e Cristian brigando como se fossem conhecidos e estranhei, ambos disseram que estavam brincando, logo Cristian me deu um beijo na testa e diss que estaria partindo pra cidade hoje e que meu pai iria encontrar alguns empresários hoje, eu iria ficar sozinha?

— Cristian me leve com você, gostaria de rever meus amigos, faz uns dias que não os vejo, devem estar preocupados. —disse dando um riso e lembrando deles.

— Não, fique aqui cuidando da casa, seu pai volta cedo, não se preocupe. — Cristian deu um sorriso falso.

— Eu quero ir, meu pai não vai se importar, vou subir e me arrumar. —dei as costas para ele e subi as escadas indo em direção ao meu quarto mas senti meu braço ser puxado.

— Você não vai pra lugar nenhum porra! —eu vi raiva em seus olhos, sua mão estava apertando fortemente meu braço.

— O que deu em você? —olhei assustada, tentei sair de seus braços e ele me agarrou por trás. — Pai, socorro! —gritei na esperança de ele ainda estar la em baixo, logo o vi no inicio da escada e respirei aliviada.

— Vai meter nessa puta agora? Deixa eu dar umazinha também. — a voz do senhor de cabelos pouco grisalhos ecoou na sala.

  — Não porra! Mete o pé, ela é minha! —Cristian me arrastou para o quarto, eu estava boquiaberta, não acreditava no que estava acontecendo, eles me enganaram, todos eles! Justin estava certo o tempo todo, esse cara ele... abusou da minha mãe e o Cristian agora compactuou com tudo isso.

  Eu esperneava e chorava, gritava por socorro mas no fundo eu sabia que ninguém iria me ajudar, não havia vizinhos, as casas estavam abandonadas, tudo uma farsa pra me enganar, essa história sobre minha mãe, eu cai direitinho, ninguém sabe onde eu estou, Justin deve estar comendo putas e meus amigos ligando em meu celular que não chama, eu estou completamente perdida.
   Cristian falou palavras de baixo calão, rasgou minhas roupas, não poderia existir sensação pior que esta, eu me sentia violada e suja, condenava a mim mesma, eu tinha vergonha do meu corpo cheio de porra, ele nem ao menos se importou em usar camisinha, eu poderia ficar grávida de um merda como ele, estava exausta ate mesmo pra lutar contra isso mas lutei até meu último suspiro, desmaiei e ele continuou socando em mim como numa boneca sexual, eu tentava abrir os olhos e finalmente consegui, olhei pra baixo e tive a visão de minhas pernas abertas, minha boca com gosto de porra, meu corpo todo gozado e jogado na cama, vi Cristian sair de cima de mim como um animal e sair fechando a porta, as lágrimas não hesitaram em cair.
   Sentia meu rosto vermelho e minha bunda também, minhas pernas e vagina doloridas, meus peitos cheio de marcas de chupão, eu não tinha forças, estava vivendo um pesadelo, como dizem "do céu ao inferno".

— J-Justin.. —foram minhas últimas palavras até adormecer.

   Eu não esperava que um príncipe viesse me salvar com um cavalo branco e sua espada afiada, eu sabia que apenas eu mesma poderia me salvar, ate porque ninguém sabe onde estou, mas Cristian abusa tanto de mim que não tenho forças sequer pra pensar em uma fuga.

Justin Point of Views

  Mais uma semana havia se passado e nada dela, eu estava aceitando que ela fugiu com Cristian, agora deve estar transando com ele ou por ai viajando, ela deve me odiar e com razão, mas deve ter quebrado a cara ao descobrir que eu estava falando a verdade, bom, ela esta com quem escolheu estar.
   Á alguns dias eu não fazia nada e hoje estou disposto a ir em uma boate, seguir minha vida é o que meus amigos me mandam fazer, não vou ignorar nossa história eu ainda penso muito em Kylie, mas infelizmente ela quis assim, sofri demais por isso mas não posso chegar ao fundo do poço, ela vai ver o que perdeu e irá desistir desse joguinho e esse tal de Cristian, nunca fui com a cara dele.

— Vamos Justin! — Steve me chamou estressado como sempre, iriamos a boate hoje.

— Calma Donzela, está com pressa? Amo me atrasar. — fiz piada e andei até o carro dando um riso sacana, ele não é muito bem humorado.

  Hailey, Brad e seus namorados sairam para um cruzeiro em comemoração á alguma coisa que não me disseram, chegaram amanhã de manhã ou com sorte hoje de madrugada, o pior de um cruzeiro é não ter internet e nem pegar sinal de celular, sério quem aguenta isso? Por esse motivo tive que recusar.
   Chegamos na boate, estava mais movimentava hoje, muitas garotas bonitas, entre e fui direto para o bar, eu precisava beber muito se quisesse me divertir hoje, pedi um Dry Martini e uma garota ao lado sorriu para mim.

— Você tem bom gosto, me vê  dois Dry Martini. —ela pediu, sua voz autoritária e seu decote enorme me interessaram bastante.

  Steve sumiu de minha vista, mas se bem que eu não estava muito preocupado com isso, a bela morena que me fazia companhia ja era uma boa coisa pra mim, logo me puxou pra dançar, bebi e dancei tanto que acabei ficando tonto, fiz a proposta pra irmos lá pra casa, apesar de nunca levar vadias pra lá, eu estava bêbado demais pra dirigir pra um lugar mais longe, ela topou e fomos andando para fora da boate, lá fora havia um tumulto, parecia briga ou alguém discutindo, escutei a voz de Steve e fui correndo pra ver o que estava acontecendo.

— Você bebeu do meu bar a cerveja mais cara e agora diz que não vai pagar? — disse Steve.

— Eu compro mais barato no bar da esquina. —agora foi a voz de um velho.

— Mas que caralhos tá acontecendo aqui? —Entrei no meio dos dois ficando de costas para o velho, Steve me explicou a situação e logo virei-me de frente encarando aquele senhor que me parecia bem familiar.

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