Secret Royal // Jjk+pjm

Im not a child

First Person

Park Jimin

Eu não sei dizer exatamente que horas eram quando eu enfim fui vencido pelo sono, quando meus olhos se fecharam e minha mente agitada que trabalhava a todo momento em repetir várias e várias vezes os beijos e carinhos íntimos que eu troquei com o rei, finalmente me deu descanso e eu pude mergulhar num sono gostoso e merecido, eu não sabia dizer exatamente que horas eram mas agora, com os olhos abertos novamente, eu sabia que já era manhã.

Os raios quentinhos de sol invadiam por entre as cortinas de seda da enfermaria e recaíam sobre o meu corpo como um manto quentinho. Ainda deitado e deixando a preguiça abandonar meu corpo a aos poucos, tornei a fechar os olhos e respirei profundamente. Tantas coisas ao mesmo tempo vinham invadindo minha mente de uma só vez e eu precisava urgentemente daqueles segundos de silêncio para organizar esses pensamentos.

Entre eles tinha o meu irmão e seu destino já não mais tão certo quanto antes, tinha minha irmã e o príncipe e o que provavelmente estavam fazendo naquele momento e se estavam sendo bem cuidados, afinal, eu fui obrigado a deixa-los sozinhos na noite passada e por mais que eu tivesse quase certeza absoluta que tinha alguém de confiança do castelo cuidando deles agora, uma grande parte de mim se sentia preocupado e culpado, e acima de todos esses pensamentos estava ele, o rei.

Acho que eu enlouqueceria se parasse para pensar de verdade em tudo que tinha acontecido de uma hora para outra. Ok, eu não sou estúpido, a tensão que pairava sobre nós dois desde que eu pus meus pés naquele castelo era gritante e qualquer um que se concentrasse o mínimo possível, poderia ver. Porém, uma coisa é admirar e observar seu impotente, gentil e atraente rei de longe, coisa que quase todos daquele reino faziam, outra é estar nos braços dele e provar do gosto dos seus lábios como se por um segundo fossemos algo além de um rei e seu subordinado.

- Bom dia, ômega. - Eu nem sabia em que exato momento tinha me posto sentado na cama confortável da enfermaria, mas passei a notar o fato quando a voz gentil e calma do Jooheon invadiu o ambiente e ganhou minha total atenção. - Como se sente, huh?

Em suas mãos grandes havia uma bandeja recheada de um, aparentemente, delicioso café da manhã que rapidamente julguei que fosse para mim, tendo certeza do fato quando ele repousou o objeto de madeira no meu colo de forma cuidadosa.

Antes que eu tivesse a chance de responder a sua pergunta e agradecer pela refeição que me trouxe, notei que bem atrás dele vinham mais duas figuras desconfiadas e acanhadas, que ao me ver rapidamente apressaram os passos até mim com olhares tão puros e verdadeiros que me enchiam o peito de alegria.

Ailee não me disse nada quando chegou até mim, ao invés disso, apoiou ambas as pequenas mãos contra a cama alta e impulsionou os pés no chão para sumir, lhe ajudei da melhor forma que eu podia, mesmo com a bandeja ainda no meu colo. Já sentada ao meu lado, observei também em silêncio a baixinha se pôr de joelhos, rodear meu ombros com seus braços curtos e afundar o nariz gelado contra a glândula aromática atrás da minha orelha.

- Senti saudades, irmão... - Ela então disse. A fragilidade em sua voz deixava mais que claro o quão sensível minha pequena irmãzinha tinha ficado com tudo aquilo e eu me senti horrível por não ter pensado nisso antes. Sem que ela pedisse, agradeci em silêncio quando o homem de jaleco retirou a bandeja do meu colo e puxei o pequeno corpo da alfa para sentar sobre minhas pernas, me concentrando em lhe aromatizar da forma mais carinhosa que eu conseguia. - Não faça isso novamente.

- Oh, meu amor... - Deixei que o abraço se tornasse mais forte e beijei seu ombro coberto, sentindo ela amolecer a os poucos contra meu corpo, provavelmente relaxando diante do cheiro calmamente que eu exalava diretamente contra seu narizinho frio.
Pela primeira vez eu parei para pensar um segundo o quanto aquilo tinha mexido com a alfa em meus braços. Era inegável o fato de que agora éramos muito mais felizes que antes, cercados por amigos, morando num castelo digno de contos de fadas e tendo fartura em tudo.