12

56 6 2
                                    

Taehyung◇

- Infernos, Irene...

A praga que escapou dos meus lábios logo se perdeu no ar, juntando-se à tantos outros xingamentos proferidos naquele quarto nas últimas horas.

Que se fodessem os criados... os meus pais se eles estavam ouvindo...

Eu queria mais que eles escutassem, mesmo...

- Ahhh... T-Taehyung... ahhh... - os gemidos dela invadiram os meus pensamentos, música para os meus ouvidos, bem como o barulho, o eco abafado que nossos corpos produziam ao chocar-se um contra o outro, o atrito entre as peles insuficiente para sanar a necessidade que ambos tinham de pôr logo fim aquela tormenta... aquela deliciosa tortura...

- Mova-se... mova-se bem devagar... pra eu sentir o meu pau bem fundo dentro de você... hum...? - minhas cordas vocais já não estavam mais sob meu controle. Elas agora gritavam aquilo que queriam, deixavam vir aquilo que desejavam... uma cascata de baixarias sendo sussurradas bem próximas ao ouvido dela, ao que seu corpo respondia, mais do que imediatamente, realizando todos os meus desejos, seus quadris se movendo em direção aos meus,em círculos lentos, provocativos. - Isso... isso... ahhh... bem... ahhh... bem assim amor... - um gemido de aprovação encheu o quarto, ricocheteando em sua excitação, provocando uma série de pequenos espasmos em suas paredes internas.

Porra... ela estava tão perto...

Eu estava tão perto...

- Taehyung...?

...?

Que voz era aquela? Não parecia a voz dela... e não parecia nem um pouco suplicante, como os gemidos de antes...

- Taehyung! Vamos... acorde... - pude sentir meu cenho se franzindo, minhas sobrancelhas se curvando em confusão. Minhas cordas vocais ameaçaram proferir mais algum insulto, mas minha língua, subitamente pesada, traiu a vontade da minha consciência. Isso, antes que um clarão em luz amarela invadisse minhas pálpebras, desrespeitando a cortina natural de meus olhos, forçando-os a se abrirem, deixando-me cego por alguns instantes. - Vamos, filho... acorde...!

Antes que a compreensão invadisse a minha inconsciência.

- Mãe?! - o grito escapou, antes que eu pudesse contê-lo, assustando não só à ela, mas à mim também. Mas, tão rápido quanto a compreensão de que eu havia gritado com a minha genitora, foi a consciência do peso sobre minha virilha; num movimento rápido, puxei um dos lençóis sobre mim, me atrapalhando um pouco na tentativa de cobrir aquilo que ela certamente já havia notado.

Meu membro completamente ereto.

Por mais que a mulher diante de mim fosse minha mãe, e houvesse me banhado e vestido durante boa parte da minha vida, isso jamais ocultaria o constrangimento de ser pego dormindo nu, e, ainda por cima, excitado.

O calor em meu corpo não era nada comparado ao ardor em meu rosto.

Demônios... minha mãe nunca entrava em meu quarto... ao menos não pela manhã... e quando o fazia, que bela cena ela conseguia flagrar! Me remexi inquieto, a pulsação nas partes baixas do meu corpo chegando aos meus ouvidos como o retumbar de uma dezena de tiros de canhão.

Absolutamente desconfortável.

Sua expressão, em parte chocada, em parte confusa e desconfiada não contribuía nem um décimo para a melhora desse quadro. Quase podia ver as engrenagens girando em sua mente, enquanto a mesma tentava solucionar o problema diante de si.

Tentando encontrar respostas.

Internamente, e vi rezando desesperadamente à todas as entidades que conhecia, e até mesmo às que desconhecia, implorando por um golpe de misericórdia, onde ela simplesmente decidisse ignorar aquilo. Uma gota de suor frio escorreu pelas minhas costas, em nervosismo, no instante em que ela voltou a se pronunciar. Para a minha felicidade, não foi para me condenar pelo meu... estado...?

Just one more - Seulmin FanficOnde histórias criam vida. Descubra agora