ENTRO PELA PORTAS DO FUNDOS DA CASA DE NOAH, já que sua família estava reunida na sala, menos ele, pelo que eu pude perceber pela janela. Não achei que teria problema em entrar pelos fundos, e realmente não tive.
Passo pelo corredor, discretamente, para ninguém me ver e sigo até o quarto do meu... É, não sei o que somos ainda. Quando chego em frente ao cômodo, resolvo não bater apenas para causar uma breve surpresa.
Abro a porta de leve, mas não acho o que procurava. Quer dizer, em partes, acho. O loiro está se masturbando, movendo sua mão de forma ritmada sobre seu membro, que diga-se de passagem, puta que pariu.
Aquela cena faz meu corpo pegar fogo, como eu quero sentar ali, puta merda. Noah continua com os movimentos, sem perceber minha ilustre presença ali. Continuo-o observando, até ter uma ideia louca.
Entro no quarto meio escuro e fecho a porta, baixinho como havia aberto. Caminho em passos curtos até a cama, sentindo-me como puro fogo.
Ando até acabo tropeçando numa de suas tralhas espalhadas pelo chão, fazendo sua mão parar e seus olhos se abrirem, em espanto. Mordo o lábio inferior, não sabendo o que dizer.
— Puta que pariu, que susto – ele diz, se cobrindo — Achei que era minha mãe – joga a cabeça no travesseiro, respirando fundo.
Então ele não tava nem um pouco ligando para o fato de o ter pegado no ato há dez segundos atrás.
— Você tipo, não liga de eu ter te visto – aponto pra ele, fazendo um sinal com os dedos.
— Não, na verdade – me encara — Você provavelmente ia me ver assim, de qualquer forma.
Descarado. Eu iria e queria, é um fato.
— Você não vale nada, sabia? – semicerro os olhos, andando até a cama.
Ele assente, sorrindo.
Esse desgraçado é a coisa mais linda do mundo.
Aproveito a nudez pra observar com detalhes as partes descobertas pelo cobertor do seu corpo. Gostoso, gostoso, gostoso.
— Tem um pouco de baba escorrendo aqui – ele se ergue e como estava perto o suficiente, toca o canto da minha boca.
— Cala a boca – bato na sua mão, sem conter um sorriso.
— Calo – diz, grudando nossos lábios em um piscar de olhos.
Acabo me ajoelhando na cama, pra ficar na sua altura. Agarro sua nuca enquanto seus dedos acariciam minha cintura descoberta por minha blusa ser curta. É um beijo relativamente calmo. Calmo demais pelo fato de quem eu estar beijando estar nu.
— Ok, você tá pelado – digo interrompendo o beijo.
— Você que tá coberta demais – retruca, parando o olhar na minha blusa.
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one shots 𓆜 noah urrea
Novela Juvenilhistórias elaboradas [as vezes não] com o cantor, ator, modelo, compositor, produtor, musicista, dançarino e rockstar, noah urrea. • a tobeslonely original fanfiction • 19rd, december, 2019 •