Prólogo

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JOSHUA

Wilmington - Junho de 2017

— Como ela está? Ela acordou?

Barry olha para mim meio irritado, é um pouco óbvio que ele não me queria aqui, que não quer me ver e não faço ideia do quanto ele sabe sobre a noite de sábado passado.

— Olha eu sei que Krista saiu da festa com você, eu só não sei em que momento você a deixou e ela correu direto para a morte. — Barry tem a expressão de dor em seu rosto.

Babaca.

Toda a noite de sábado começou por culpa dele, eu nem sei como ele pode estar aqui.

— Krista estava nervosa, eu saí com ela dali. Ela recebeu uma ligação e então ela correu para o carro dela e saiu, e a próxima noticia que tive foi que o pai dela morreu em um incêndio e Krista sofreu um acidente. — Explico omitindo partes importantes. — Ela acordou?

Já faziam quatro dias que qualquer amiga dela me dizia que ela não acordava, que os médicos não tinham muitas esperanças. Eu só tinha que vir pessoalmente.

— Ela acordou, está com sua tia e irmão lá dentro.

Alivio me inunda. Eu não sei se me sinto culpado pelo que houve com ela ou se apenas me importo, ou se é porque nós tivemos uma conexão.

— Ela pode rece...

— Não. Somente nós.

Nós. Como se ele tivesse o direito de estar ali.

— Escuta cara, ela está muito abalada, ela é órfã dos dois pais agora, tudo é muito novo e ela está confusa, não se lembra de muita coisa. E isso significa que ela não lembra nada sobre o sábado passado.

Eu solto uma respiração pesada. Isso faz todo sentido agora, é por isso que ele está aqui agindo como se fosse o namorado legal. E o máximo que Krista vai se lembrar é de que até sábado passado, noite da minha formatura, eu era o colega de time do namorado dela.

— Ok... Espero que ela melhore. — Passo a mão no rosto e tento forçar um sorriso. — Você precisa contar a ela, daqui um tempo.

— Eu sei.

No exato momento em que penso em dar as costas a ele e deixar esse hospital para trás vejo o garoto pequeno vir pelo corredor com uma mulher, passando as mãos pelos braços sme uma blusa de frio, e posso me lembrar dele no velório da mãe de Krista no ano anterior. Ela trabalhava na empresa do meu pai e nós fomos prestar nossos sentimentos.

—Ei... — O garoto esboça um meio sorriso quando chega perto de nós. — Ela vai fazer exames.

—Certo, nós vamos te levar para casa.

Barry parece ser legal com o garoto e isso me deixa um pouco mais tranquilo sobre ele estar aqui depois de tudo.

— Você é Joshua, o quarterback. Eu fui a alguns jogos, ninguém é tão bom quanto você. Você tem um bom braço.

Ele consegue me fazer sorrir e movo a mão em seu cabelo devagar, ele talvez tenha uns sete, oito anos.

— Obrigado por dizer isso. — Assim que digo isso me lembro que estou vestindo a jaqueta do time e a tiro o entregando. — É sua. Como é o seu nome?

Os olhos do garoto se iluminam e me sinto recompensado por seu sorriso. Esse garoto é mais forte do que eu poderia ser se tivesse passado pelo que ele e a irmã estão passando.

— Jerome. — Ele responde colocando a jaqueta. — E obrigado!

— Até mais Jerome.

E então eu deixo o hospital para trás e Krista também e muito em breve Wilmington.

Conhecendo você (Astros de Duke #3)Onde histórias criam vida. Descubra agora