Conhecendo você (Astros de Duke #3)

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JOSHUA

Eu ainda não voltei para Durham porque Krista ainda não voltou, o que não significa que ela tenha cedido e aceitado me ver ou respondido alguma das minhas mensagens. O silêncio me mata.

Só tenho notícias dela porque Jerome me mantém informado.

Eu fui um grande idiota e eu mereço ser colocado no mesmo patamar do babaca traidor que é o ex dela. Eu deveria ter dito a ela quando nos encontramos. Não, na verdade eu deveria ter dito há dois anos e meio atrás.

- Posso entrar? - Minha mãe surge na porta do meu quarto.

Pode parecer maldade minha, mas ela é a última pessoa com quem quero conversar. Cada vez mais eu percebo que tenho nada a ver com ela e as coisas que ela pensa.

- A casa é sua. - Respondo seco.

Eu não deveria ficar mal com a minha mãe por causa de uma garota, certo? Não para mim, eu não suporto alguém ignorando ou fazendo Krista se sentir inferior.

- Já não é hora de voltar para a faculdade? - Mamãe pergunta, enquanto olha a bagunça do quarto. - Até onde sei possivelmente você tem jogo todos os sábados.

- Eu estou doente. Tecnicamente. - Admito.

Foi o que eu disse ao treinador simulando uma tosse ridícula e dizendo que estou com faringite. Detesto perder jogos, mas é um preço que estou pagando.

- Desde que você tinha seis anos nunca vi você não estar animado para um jogo. - Ela senta na poltrona perto da cama. - Eu tinha pavor de que um dia você diria que faria isso para o resto da vida.

- Porque Deus nos livre de um rapaz da elite perder tempo com esportes que parecem agressivos. - Sorrio forçado, mas tentando soar debochado. - Desculpe não praticar tênis ou canoagem.

Mamãe me olha torto e suspira antes de cruzar as pernas na poltrona e continuar a conversa, já que imagino que ela tenha um objetivo. Ela sempre tem.

- Joshua, é mais do que isso querido, você tem uma rede de bancos esperando para ser assumida por você algum dia. - Ela diz.

- Mãe, eu nunca disse que vou trabalhar no banco, você é quem está assumindo que estou na faculdade de negócios para isso.

O olhar contrariado dela é afiado, mas ela sabe que não sou Hayley. Eu não sigo a cartilha dela.

- Ainda tem algum tempo para pensar melhor. - Ela insiste.

Movo minha cabeça apenas um pouco negando. Ela não entende, não é?

- Mãe, nem todos estamos pensando no dinheiro vinte e quatro horas por dia. - Digo. - Quer dizer eu gosto de ter estudado em uma ótima escola, poder pagar a faculdade sem precisar de bolsa, ter carro caro, fazer viagens. Isso é ótimo. Mas não é o que me move. Eu não vou me importar de começar de começar meu próprio negócio do zero se for algo que eu ame, não vou me importar de não ter um casamento da alta elite porque vou amar minha esposa. Quando eu terminar a faculdade eu não pretendo mais viver as custas de vocês, mesmo que isso diminua o padrão de vida a qual eu vivo acostumado.

Agora ela se levanta e posso ler a frustração em seus olhos enquanto caminha até a janela, precisando de ar, pensando no que vai dizer a seguir para tentar me fazer ver que eu estou errado.