Alguns dias acordo
não me sentindo o suficiente.
Um vazio ardente.
Dessa vez não é a ansiedade.
São pessoas tristes que adoecem o que tocam
com suas palavras de dor e ódio.
Corações certamente machucados.
O Mundo pega fogo aos pés de quem queimou o próprio Mundo.
'Não queimem o meu, por favor'.
Surdez seletiva, não escutam.
Corações doentes nem sempre mudam.
Se perderam ao destruírem outros pra se reconstruir.
Certos dias a chuva lava o fogo.
Certos dias a chuva sou eu.
Outros dias, a chuva tem nome igual ao seu.
O céu chora,
e eu chovo no quarto dentro de mim.
Ansiedade é uma doença e eu não a quero por aqui.
Mas a maldade humana é escolha
e isso me entristece.
"Acontece", repito pra me confortar.
Errei ao tentar justificar a babaquice de pessoas que
escolheram não amar.
Mas acertei ao ter esperança dentro mim.
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Mar Menino
Poetryesse livro traz textos e poemas sobre meus dias em companhia da ansiedade, retratando desde o dia em que nos conhecemos. até os dias sombrios em que meu corpo sorria de maneira automática e eu era apenas uma carcaça sendo dirigida. o livro também re...