Ei, bom que voltou pra cá,
senti sua falta,
devo falar.
Não que a saudade não estivesse
em mim, assim,
estampada na minha cara.
Ela está.
Mas me lembro bem,
foram sentimentos exagerados assim
que levaram nós dois pro mesmo fim.
"Acabou". Percebi que eu era fornalha
aquecido por. paixão,
Que queimava o tom quente do seu cabelo
no meu tom quente de paixão.
Ouvia o seu som
quando não tinha mais nada pra ouvir.
Os domingos sem ti
não existiam mais.
O tempo não era igual.
Os dias pra mim deveriam voltar.
E eu arrancava as páginas do calendário
esperando tirar a próxima
e ver o mês voltar.
Pra ver você voltar.
Eu via nos seus olhos a vontade de amar,
mas da sua boca
eu via você dizendo ter medo de se apaixonar.
Às vezes a gente quer o diferente,
a gente fica mordido, não se entende,
e tenta tirar a vida do rumo do que o coração
sente.
Somos melhores marinheiros
do que o leito do nosso mar.
Mas confia em mim e me deixar se o leito
no qual você se vê deitada
ao de acordar.
Menina, que saudade que eu tava,
que bom que você voltou.
Pena que nos perdemos na cidade,
já não temos o que tínhamos
quando aqui
você morou.
Morou em mim.
E eu morei em ti também,
eu sei que sim.
Você me disse quando voltou.
Você me disse que nós não tivemos fim.
Que adeus dito no silêncio da ausência
não é de fato adeus.
Disse que aí eu tinha casa,
quarto
e cobertor.
Se eu quisesse visitar
estava à disposição
Claro que aceito!
Quem sou eu pra recusar quem faz bem
pro meu
coração?
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Mar Menino
Puisiesse livro traz textos e poemas sobre meus dias em companhia da ansiedade, retratando desde o dia em que nos conhecemos. até os dias sombrios em que meu corpo sorria de maneira automática e eu era apenas uma carcaça sendo dirigida. o livro também re...
