Ansiedade é a bebida
dos loucos,
dos que sentem demais.
Dos que se questionam muito
e dos que não aguentam mais.
Uma dose, por favor!
Hoje é dia de boêmia!
Não me importo mais.
Quer me ver beber?
Vou me afogar.
Já que expulsou ela do bar
e da minha vida.
Já que ansiedade, você é uma péssima companhia.
Eu não a culpo.Garçom,
se eu matar essa garrafa,
se eu engolir em seco toda a ansiedade,
se eu escrever no corpo inteiro o nome dela,
se eu passar a noite olhando pra janela,
se eu não dormir por uma semana,
se eu aceitar minha limitação humana,
se eu desistir das minhas ideias loucas,
se eu largar das noites vazias e soltas,
você me traz ela
de volta?Mas Garçom, e se eu não quiser?
Parei agora pra pensar,
o que ele tem
que eu não tenho?
Que ele não é intenso
e que o amor dele não é doce.
é veneno?
Mas se pá
é assim mesmo.
É melhor eu nem voltar.
Não que ela queira,
mas não vai rolar.
É melhor mesmo eu desistir dessa ideia
e procurar por paz.
Procurar por quem me queira mais.Saudade da suas tatuagens,
sua maquiagem.
Agora é tudo viagem
minha.
Tudo lembrança.
Bebedeira de ansiedade.
Minha ânsia
por dias melhores.
Nesse bar de loucos e sentimentais
falta quem
se ame mais.
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Mar Menino
Poesíaesse livro traz textos e poemas sobre meus dias em companhia da ansiedade, retratando desde o dia em que nos conhecemos. até os dias sombrios em que meu corpo sorria de maneira automática e eu era apenas uma carcaça sendo dirigida. o livro também re...