•Dominic Santoro.
-Como foi sua tarde Emília? Meus filhos deram muito trabalho?_Eu e Emília estávamos sentados na mesa do meu jardim. Tínhamos acabado de jantar. Dante fez questão de que Emília botasse ele para dormir.
-Foi ótima! Seus filhos são crianças de ouro Dominic! Não me deram nenhum trabalho!_Ela sorri.
-Que bom!
-E o seu dia? Cansativo?
-Muito!_Coço a cabeça_É como se eu tivesse um peso nas minhas costas! Tudo na delegacia tem que ser passado por minha supervisão, e são muitos casos! Um mais complicado do que o outro! E ainda tem aquela Cagna da Torres!
-Quem é ela?
-É uma policial que trabalha no meu setor. A mulher só sabe atrapalhar! Desde que chegou, não sai do meu pé!
-Se ela soubesse do que você é capaz, nem chegaria perto!
-Ela sabe! Mas adora brincar com fogo!
Emília sorri.
Ela desvia o olhar do meu rosto para o céu estrelado acima de nós. Ela se levanta da cadeira e vai andando até a grama. Quando já estava lá, ela se deita, ainda observando o céu.
Vou até ela e deito ao seu lado. O cheiro de terra atinge as minhas narinas, me transportando para minha infância. O contato da grama úmida devido à rápida chuva a minutos atrás, fez minha pele arrepiar-se.
Ficamos calados por bastante tempo, só observando as estrelas. A quando tempo eu não fazia isso. Assim, as coisas pareciam até mais fáceis. Quem me olha de longe agora, nem imagina que eu estou com um caso de um cara que sequestrava e estuprava garotas, ou que eu sou um mafioso, ou até mesmo que eu estava prestes perder meu cargo de Sub-chefe porque ainda não tinha me casado. Quem me olha de longe agora, nem imagina que o amor da minha vida me deixou, por isso não consigo me relacionar com mais ninguém.
As coisas podiam ser tão mais simples... tudo, tudo que eu mais queria era ter uma vida normal. Que meus filhos pudessem ter uma vida normal, longe de tudo isso!
-Essa era a coisa que eu mais sentia falta quando estava presa.
A voz de Emília me faz despertar dos meus pensamentos.
-Sentia falta de sentir a brisa gélida da noite e de olhar um céu estrelado. Cinco anos Dom_Era a primeira vez que ela me chamava pelo apelido_Cinco anos sem ver o céu. Sentir o vento no meu rosto e o calor do sol. Coisas tão supérfluas, que a gente só percebe que faz falta quando perde!_Ela continua
-Eu só queria que as coisas fossem mais fáceis Emi. Que tudo fosse menos complicado. Que eu tivesse mais tempo para os meus filhos ou até mesmo que eu não precisasse de uma esposa.
-esposa?_ela pergunta confusa
-Pra eu conseguir assumir meu cargo na máfia eu preciso de uma esposa_falo por fim.
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DOMINIC SANTORO - Trilogia irmãos da Máfia
RomanceLivro 1 Dominic Santoro não era a personificação de um príncipe encantado, pelo contrário, era o próprio diabo. Sub chefe da máfia italiana, ele tinha o poder e controle sobre tudo e todos, até aquele fatídico dia. O que acontece quando você dá de...