A Amizade 06

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*                          LANA
*
Depois de analisar meus olhos com a sua lanterna. O Doutor Robert sai do quarto me deixando completamente sozinha.
Depois de idas e vindas da janela, até o sofázinho e depois para a cama novamente. Alguém bate na porta.


— Entra – Grito.


E nesse momento entra minha melhor amiga, Ana. Com seus cabelos cor marsala amarrado em um rabo de cavalo.
Ela sorri e vem em minha direção para um abraço.


— Oi, amiga – Diz me abraçando forte.


— Que saudade, parece que se passaram anos.


Ela se afasta e bate no meu braço com força.


— Aiii –Grito massageando a área que ela bateu – Ficou maluca?


— Porquê não me contou o que estava acontecendo? – Pergunta brava.


— Eu- eu nem sabia como ia funcionar – Tento falar mas minha cabeça embaralha toda – Tinha que ser na mesma hora em que descobri. Se não ele morreria.


— Ele? – Pergunta incrédula – Um cara?


— É, e conheci ele hoje – digo batendo a mão na cama para ela se sentar porque a conversa vai ser grande.


— Me conta tudo, como ele é? – Pergunta se sentando.


— Ele é lindo, amiga – Tampo meu rosto ao lembrar do sorriso de Henry – Ah, como é lindo e gentil. 


— Você curtiu ele – Diz gargalhando – Curtiu muito ele.


— Não, ta louca? – pergunto pensando nisso, não posso ter curtido ele, impossivel – Ele está noivo.


— Mas não está preso – Diz rindo – E o principal, não está morto.


— É, ele está bem vivo – Digo me lembrando do nosso abraço e o beijo – Quando ele beijou meu rosto eu perdi o chão.


— Isso se chama tesão – Responde rindo.


— Ana – Repreendo-a. – Eu sou pura ok?


— Pura safadeza com toda certeza – Diz ela – Ele sabe o tipo de livros que você lê?


— Para – Digo rindo – Aliás, não tem nenhum livro aqui. Sinto que vou surtar daqui a pouco.


— Eu te trouxe isso – Diz mexendo em sua bolsa e tirando um livro. Um amor para recordar aparece em sua mão – Vi em cima de sua mesa e presumi que era o próximo da sua leitura.


Ela me entrega o livro e sorrio pensando o que seria de mim sem essa garota. Me salvando de passar três dias no tédio.


— Aliás, Math está morrendo de saudades de você – Diz ela se referindo ao meu irmão mais novo de 12 anos. – Ele ficou jogando com o Will, mas queria muito vê-la.


Sinto saudades do meu irmãozinho. De quando assistimos maratona dos filmes na Marvel e quando peço para ele posar segurando um livro meu. Ele é meu modelo literário.


— Avisa ele que quando eu sair daqui, vou leva-lo para dar um passeio – Digo rindo – Na esquina, claro.


— Como você é mal, Lana.


— Obrigada por ter vindo me ver – Digo puxando-a para um abraço – Eu te amo.


— Eu amo mais – Ela responde e corresponde ao abraço.


Alguém bate na porta e abre no mesmo instante.
Era Henry, lindo como sempre.
Eu e Ana nos afastamos e ela sorri com malicia ao vê-lo.


— Desculpe, não queria interromper – Diz envergonhado – Volto mais tarde.


— Não precisa – Ana se pronuncia – Não é necessário. Estou de saída.


— E você é quem? – Pergunta entrando e fechando a porta.


— Sou Ana, melhor amiga da noiva – Diz gargalhando – Brincadeiras a parte.


Henry sorrio e diz:
– Prazer em conhecê-la.


— Prazer é todo meu – Ela responde e parece que estou invisível aqui – Bom, vou deixar os pombinhos sozinhos.


Ela pega sua bolsa e me da um beijo no rosto e sai porta fora.
E ca estamos nós, no quarto e sozinhos. O que de mal poderia acontecer?

O Maravilhoso Problema ( FINALIZADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora