O Maravilhoso Problema ( FINALIZADO)

Um proposito 07

*                         LANA
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Ele estava sem aquele vestido que colocam em nós no hospital. Estava apenas de calça moletom e uma camisa branca que mostrava mais sua tatuagem Mas ainda não sei o que é em específico.
Me levanto na cama e vou até a janela, abro um pouco mais a cortina e me sento na poltrona que tinha lá. O sol já estava se pondo. O céu estava laranja meio rosado. Um contraste muito bonito por sinal.
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— Me fale sobre você – Diz Henry ao se sentar em minha cama – Quero saber sobre você.
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— Você não precisa perguntar de mim só porque fiz o que fiz – Respondo revirando os olhos.
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— Não estou perguntando da sua vida apenas porque salvou a minha. –Diz ele sorrindo de lado. E percebo agora que em tudo ele coloca aquele maldito sorriso.
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— Então porque está perguntando? – Pergunto impaciente.
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— Porque eu quero – Responde dando de ombro – Porque te achei interessante.
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— Interessante? – Pergunto rindo – Mas nisso tudo você não vai conseguir tirar nada de mim. Sou um túmulo.
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— Eu sei que você gosta de Amarelo e que escreve citações de livros em uma espécie de diário.
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Engulo em seco com tamanha espionagem. Só pode, como ele saberia algo assim de mim? Será que alguém me escutou quando estive em seu quarto?
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— Como sabe disso? – Pergunto.
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— Você que disse, no meu quarto – Responde levantando da cama segurando meu livro que a Ana trouxe – Eu escutei você.
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— Impossível – Protesto – Você estava quase morto.
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— Impossível num mundo aonde tudo é possível? – Diz se sentando ao meu lado – Para uma garota literária e que acredita em personagens e lê de tudo. Você não tem muita fé nas coisas da vida.
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— Eu tenho sim.
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— Então acredita em mim quando digo que escutei sua voz? – Pergunta encostando o ombro do meu, fazendo um carinho em meu pulso com o dedo indicador – Acredita que de alguma forma, sua voz me fez acordar?
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— Eu acredito que nessa vida tudo tem um proposito. – Respondo olhando em seus olhos castanhos, sua pupilas estão dilatadas e daqui sinto seu coração bater rápido, exatamente igual ao meu nesse momento.
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— Ótima resposta. – Diz sorrindo e colocando a mecha do meu cabelo atrás da orelha. – Então vou tentar outra vez, me fale sobre você.
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— Não tem muito o que falar de mim. – Digo abaixando a cabeça – Sou uma pessoa sem graça.
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— Você tem muitas coisas ai dentro. Eu vejo – Diz e eu levanto para olha-lo nos olhos – E você não é sem graça. Você é algo que não da pra compreender, mas eu quero.
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— Bom, eu gosto de ler.
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Ele me entrega o livro um amor para recordar e sorri ao dizer:
— Leia alguma citação desse livro, para mim.
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Mordo o lábio inferior com tanta força que sei que vai sangrar. O que esse homem quer? Essa conversa, o jeito que ele me olha me deixa zonza. Sinto que a qualquer momento vou desmaiar em seus braços.
Desvio de seu olhar e abro o livro, procurando alguma citação para impressiona-lo.