O Destino 02

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▫                           LANA

Borrões aparecem em minha mente, pois estou perdida nela. Perdida em minha mente junto ao caos que se fecha ao meu redor. Eu nunca pensaria em algo assim.


— Lana? – Diz minha mãe estralando os dedos  – Você ouviu o que o Doutor Robert disse?


Saio da paralisia dos meus pensamentos e olho para todos ao meu redor.
Minha mãe, o doutor Robert e a enfermeira Kara me olhando com questionamento.
Então vendo o meu estado o doutor explica novamente.
— Ontem recebemos um paciente muito grave. Ele sofreu um acidente de carro aonde perdeu muito sangue  e uma parte do figado destruído – Explica o Doutor – Mas o paciente tem um tipo sanguinêo muito raro, tão raro que existem apenas quatros pessoas com esse tipo sanguinêo. Bom, existiam.


Meu coração simplesmente corre a milhão com tudo que o doutor está falando. Mas ainda não sei como vou servir de ajuda aqui.
Ele respira fundo e passa a mão no queixo.


— Duas dessas pessoas estão mortas – Diz a enfermeira Kara – A outra mora em outro estado. E a ultima é você.


— Isso quer dizer o que? – Pergunta minha mãe. Preocupada.


Ela pega minha mão e aperta forte, mesmo pergutando ela sabe que vem bomba.


— Quer dizer que Lana pode doar sangue e um pedaço do fígado para o paciente – Diz doutor robert – Ela pode salvar a vida dele.


— Não – Diz minha mãe brava – Ela não vai fazer isso.


— Vou sim – Respondo rapida – Porquê está falando isso?


— Isso é muito arriscado – Responde cruzando os braços – E se acontecer algo com você?


— Eu vou ficar bem, mãe – Diz abraçando-a – Eu posso salva-lo e porquê está me impedindo?


Ela me observando sabendo o que se passa dentro de mim. E lá dentro ela sabe que é o certo a se fazer.


Depois de ter feito uma coleta de sangue apenas para teste, saio do consultório com minha mãe lendo algo para mim na revista.
Até que ela para e trava no lugar.


— O que foi mãe?


— É a Simone, filha da Dona Aurora – Responde ela olhando para o corredor de espera e sigo seu olhar.


Simone é a filha dos patrões da minha mãe, a dona Aurora e o senhor Dominic.
Simone está sentada junto á um homem e um mulher de mais ou menos 28 anos.
Ela nos vê e vem em nossa direção.


— Marisa, aconteceu alguma coisa com meu pai? – Pergunta ela desesperada.


— Não – Responde rapida – Ele foi para a sua casa. Seu irmão thomas foi busca-lo.


A mulher de cabelos castanhos com um pouco de cinza suspira relaxada.


— Já basta o que está acontecendo aqui – Diz com os olhos enchendo de lagrimas.


— O que está acontecendo? – Minha mãe pergunta.


— O henry. Sofreu um acidente de carro e está entre a vida e a morte. – Responde abraçando minha mãe.


Henry, o filho dela. Eu já tinha ouvido falar dele pela minha mãe. Coisas simples. Que ele tinha 26 anos e está noivo.
Olho para os dois que estavam sentados e reconheço seu irmão Bryan.


— Como isso aconteceu? – pergunto.


— Eu não sei – Diz se afastando do abraço – O que o médico me disse é que ele precisa de doação de sangue e um pedaço do figado. Mas é muito raro.


— O que? – Diz eu e minha mãe juntas.

O Maravilhoso Problema ( FINALIZADO)Onde histórias criam vida. Descubra agora