Pai

4.9K 530 448
                                    

Em um quarto relativamente escuro, o homem deitado estava sendo vigiado pelo médico. Ao redor, uma máquina registrava ao batimentos cardíacos. O doutor, que usava óculos e tinha um bigode grande, olhou algumas papeladas por um tempo, analisando os novos testes que fez. Depois de um tempo em silêncio, voltou sua atenção ao paciente.

— Doutor, vou durar por mais quanto tempo? — perguntou, a voz soava baixa.

— Pouco. Você está pateticamente fraco, Izuku precisa pegar aquilo rápido. — Respondeu o médico, enrolando seu bigode.

— Não tenho dúvidas que ele será agiu, afinal, ele ama a mãe. — Falou o homem, soltando uma risada rouca.

— Ainda bem que o educamos nesses 1 ano e meio, ou eu tenho certeza que ele daria nos dentes. — Suspirou o doutor, parecendo aliviado.

— Duvido. Além da mãe, ainda tem aquele patético garoto loiro. Tenho certeza que prefere morrer ao ver ele sofrer. — O homem negou, estava totalmente confiante do que falava.

— As vezes eu acho isso tão triste. Pobre Shigaraki, é doido por ele. — O doutor comentou, dando um sorriso de lado.

— Izuku não precisa corresponder, ele jamais será de outro além de meu e de meu filho. — Falou, com um sorriso ameaçador no rosto.

— E no começo, pensei que você realmente faria de Izuku seu filho, assim como Shigaraki. Até pediu para ser chamado de papai.

— Haha até parece, Tomura é único. Sobre o filho daquela puta, me da muito tesão ver ele me olhar com tristeza e me chamar de papai. Nossa, como sinto falta daquela voz chorosa. — Gemeu o homem, colocando a mãos no meio das pernas tentando se acalmar.

— Quando ordenou que pegássemos ele, meu primeiro pensamento era que você o mataria, nunca imaginei algo assim. — Confessou o doutor, fingindo que não viu o homem massagear pênis na sua frente.

— Matar? Não, isso tiraria a graça. Inko, aquela puta, eu amei ela. Agora, quero que essa imunda sofra. Já consigo imaginar o rosto dela ao descobrir sobre tudo que o filho passou por culpa dela... — riu segurando forte o membro duro, apenas pensar nos dois sofrendo o deixava animado. Queria se satisfazer, mas estava acompanhado.

— Você não pretende mata-la? — o doutor perguntou, curioso.

— Não. Eu quero que ela tire a própria vida, vamos mandar todos os vídeos do filho dela quando ele pegar aquilo. — Riu, imaginando a cena.

— E depois, o que vai fazer com Izuku? — continuou a perguntar.

— Eu gosto de assistir ele e meu filho se divertindo. Vou manter ele vivo, mesmo depois de cumprir o prometido. — O homem mordeu no lábio inferior, não queria pensar demais ou ficaria com muito tesão.

— Quando tivermos aquilo nas nossas mãos, vai ser uma batalha unilateral. Eu já consigo sentir a Vitória, doce Vitória. — O doutor riu.

— Por enquanto, me mantenha vivo. Pelo menos até Izuku cumprir o objetivo, o que eu duvido que demore muito. — O homem falou, estendendo seu braço para tomar uma injeção.

— Ele é um garoto obediente. — Comentou, pegando a seringa e aplicando o remédio.

— Claro que é. Eu o eduquei pessoalmente por 1 ano, sou um ótimo pai. — Comentou, recolhendo seu braço e se ajeitando na cama.

— Falando em pai, e o senhor Bakugou? Não vai se livrar dele? — o doutor perguntou guardando suas coisas.

— Limpe-o e alimente aquele verme. Depois grave um vídeo dele assistindo algum filme, só para mostrar ao Izuku e ao namoradinho dele que, por enquanto, o homem está bem. — Falou preguiçosamente fechando os olhos.

— Tudo bem, repassarei as ordens. Descanse, amanhã nós começaremos a nos livrar da nova geração. — Riu o doutor, saindo do local.

— Estou animado para assistir de perto. Lembre de cortar as redes da cidade que Izuku está, seria ruim se ele tivesse ideias heroicas. — Avisou o homem antes que o doutor fechasse a porta.

— Sim, senhor. — Disse o velho, antes de deixar seu líder em paz.

Na casa de Tamaki, todos estavam deitados. Bakugou já tinha voltado da sua noite no bar, ele parou de beber tanto depois do surto. Kirishima já estava dormindo, assim como os três heróis. Midoriya, que estava deitado em sua cama, escutou seu celular apitar. Olhou com medo, já sabendo de quem era a mensagem.


Demônio.

Hoje às 23:45 PM.

Olá, meu amor. Estou com saudades, sabia?

Meu querido pai me pediu para gravar isso, ele não é incrível?

Contra a minha vontade, você foi liberado para conversar com aquele babaca por um tempo.

O vídeo é para vocês, quando terminarem, volte para cama.

Boa noite, e não se esqueça que eu te amo.

[Vídeo 3:16]


Midoriya tremeu por inteiro, saiu correndo da cama e se dirigiu ao quarto de Bakugou. O loiro estava encolhido no canto da cama, parecendo não estar com sono. Quando viu Izuku entrar, sentiu medo. Sabia que os dois não podiam conversar, se ele estava aqui era por causa de seu pai, que, provavelmente, já estava morto. Antes de qualquer coisa, Izuku se jogou no braços de Bakugou, abraçando forte.

— Me perdoe, Kacchan. Eu te amo. Me perdoe. — Murmurou, agarrado no pescoço do loiro. Que respondeu com um cafuné no cabelo, para demostrar não estar com raiva.

Não me deixeOnde histórias criam vida. Descubra agora