Prologue

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Já parou para pensar que hoje pode ser o último dia da sua vida? Pois eu penso nisso da hora que acordo, até a hora de repousar.

Creio que a maioria das pessoas vivem o hoje como se não houvesse o amanhã, eu sou a que mais deveria fazer isso, mas nas condições que me encontro, isso seria impossível. Estar doente é perder totalmente todo a diversão que a vida pode lhe proporcionar, e eu perdi realmente tudo isso por ter uma enfermidade há muito tempo, não vou dizer que não perdi nada e que isso não importa, pois eu sinto um vazio e uma incompletude dentro de mim, é como se eu não estivesse mais viva.

Eu sobrevivo, e sobreviver para mim é como se a minha alma estivesse fora do corpo olhando para o que sou e lamentando o que tenho. Sinto como se tudo fosse desabar a qualquer momento, e quando sinto isso, tudo para ao meu redor, o medo me doma. Eu não tenho medo da morte, mas as vezes é inevitável não senti-lo. 

A sensação que tenho em relação a tudo é que estou em um oceano imenso e que a qualquer momento vou esquecer como se nada e irei afundar, me afogar e morrer sentindo total agonia.

Vamos falar de amor? Ah o amor, é simplesmente tudo, não importa se você está a beira da morte ou não, você sempre vai querer viver aquele romancezinho clichê, ter alguém para viver momentos insanos, alguém para estar ao seu lado independente de qualquer situação, bom, comigo não é diferente.

Eu tenho sonhos e vontades que com certeza não serão realizados a tempo, um deles é que eu queria amar e ser amada, achei que isso não seria possível na situação que me encontrava, até que ele apareceu...

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