Ato do Amor - Livro 3

Capítulo 46

🔴 Aviso que este é um capítulo impactante. Pode possui gatilhos com o seu relato.

Vamos de leitura, desculpem os erros. Beijos de luz!!!
😘😘😘

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Margarida

Fui acordada bem cedo hoje, pelo Dominique. Tudo para podermos ir a feira, logo de manhãzinha. Confesso que preferia dormir mais um pouco. Preciso de férias urgente!

Estou agora, na barraca de verduras, escolhendo algumas. O Dom e eu nos separamos para ser mais rápido às compras. Ele foi a procura das outras coisas, em outra barraca.

Até então, não tem nada de anormal no nosso dia. Fazemos isto quase sempre. A melhor parte, é quando dá pra namorar um pouco, neste meio tempo. Estou muito feliz com o nosso relacionamento.

- Olá, Margarida! – alguém pronúncia meu nome, chamando minha atenção. Viro-me, dando de cara com o próprio capeta.

- O...Olá – gaguejo. É tudo o que consigo dizer, com o pânico tomando conta de mim. Nem sei porque o respondi, na verdade. Deve ser o pavor que sinto.

Se eu pudesse, não veria este homem nunca mais. O pior é que não disfarço o meu medo e nervosismo, toda vez que nos encontramos. É mais forte do que eu.

- Tudo bem, com você? – indaga se aproximando, na medida em que dou passos para trás recuando, e tento me controlar. Porém a sensação de sufoco cresce, tudo parece está ruindo à nossa volta. Tudo gira, escurece, tudo me faz volta aquela madrugada tenebrosa.

Há muito tempo, não me sentia tão mal assim. Queria ter outro tipo de reação.

- Vamos, amor? – como uma luz, o Dom aparece, abraçando-me por trás. E é exatamente isto que me acalma.

Sinto minha respiração voltar ao normal aos poucos. Meu coração bate de forma menos acelerada. Vou me acalmando.

- Vamos Dom – enfim consigo responder, retomando o meu controle aos poucos.

O Dominique não é apenas o meu namorado. Ele também é o meu ponto de equilíbrio e alegria, em meio à tempestade que já passei. Uma das melhores coisas que já aconteceu na minha vida, até então. E acreditem, não exagero no que falo.

- Oi, Dominique – o cínico o cumprimenta se fazendo presente de novo.

- Oi – responde apenas, o meu namorado. – Nós temos que ir agora – quebra o pequeno silêncio que se instalou, enquanto os dois se encaram.

- Tudo bem – sorrir. – Até mais.

Tenho tanto nojo deste sorriso...

- Cuida bem dela – me lança um olhar, que conheço bem e tanto me assombra.

- Sempre cuidei bem dela, e vou permanecer deste jeito – avisa Dom.

- Vamos amor – chamo, o puxando para longe.

Nos saímos de perto dele e finalmente me sinto segura de novo. – Pelo menos por alguns instantes.