Capítulo Bônus

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Mais um capítulo delicado, agora na visão da Karina.

Desculpem os erros que encontrarem, boa leitura!!!

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Karina

Não teve jeito. Os noticiários já estavam circulando minha imagem, como uma das grandes cúmplices do Viriato. Mesmo disfarçada, sentia um medo enorme em ser descoberta.

Fui à loja de conveniência, perto de onde estava me hospedando, e no momento de pagar pelo que peguei, o cara do caixa me questionou se não nos conhecíamos de algum lugar, pois meu rosto não era estranho.

Gelei, fiquei nervosa, contudo conseguir despistá-lo, com uma desculpa qualquer, indo embora dali em seguida, o mais rápido que foi possível.

Naquele momento, sabia que o cerco à minha volta se apertava, cada minuto que se passava.

Tinha que rever minha estratégia. Foi então que resolvi voltar.

Antes de ser mandada embora da casa do Viriato, por conta da minha briga com à Christine, refletir sobre tudo o que ela me falou, e como já tinha decidido agir para me precaver, anteriormente a minha partida, eu resolvi montar um dossiê contra o Viriato, e também contra outras pessoas poderosas ligadas a ele.

Na verdade, de uns tempos pra cá, decidir guardar todo e qualquer tipo de prova. Sabia que, hora ou outra, teria que usá-las. Com tudo montado, defini que seria seguro guardar em um cofre do banco. Ninguém suspeitaria do que fiz.

Hoje pela madrugada, acordei assustada. A sensação ruim predominava em meu ser. Não sei explicar direito o que sentir. Era um grande e forte aperto no peito, uma sensação de sufoco e desespero. De repente, a única vontade que sentia era ver o Dom e a minha mãe. Precisava vê-los ao menos de longe, e certificar-me se estavam bem. Não sossegaria enquanto não fizesse isso.

Então fui até a pousada. Cheguei ao raiar do dia. Fiquei na espreita aguardando, pois sabia que em algum momento os veria.

Presenciei quando o Dominique saiu cedo com a namorada. Resolvi os seguir, claro, mantendo a cautela. Principalmente quando os vir entrar na feira, que mesmo cedo, já se encontrava cheia.

De longe, observei meu menino.

Fico feliz que ele tenha se tornado um homem responsável, íntegro e direito, exatamente como os meus pais o ensinaram. Era como eu deveria ter sido. Confesso que no meu íntimo, tinha receio que ele perdesse o juízo como eu, ou até mesmo que puxasse à natureza porca de quem o fez.

Detesto lembrar daquele homem asqueroso.

Percebi o exato momento que o Dom fechou o seu semblante, indo na direção de sua namorada. Sabia que algo estava errado. E comprovei, quando vir para quem meu filho dirigia sua atenção.

Para o próprio pai, que ele nem se quer, fazia ideia quem era, e que de algum modo tinham uma ligação sanguínea.

Desde o momento que o Camargo abusou de mim, perdi às contas de quantas vezes tive vontade de me vingar. O quanto sonhei com isso. O ódio que eu sinto dele, só não é maior que o meu nojo.

Naquela época, namorava o Viriato, era louca e a alucinada por ele, como a pouco tempo atrás. Até fugir de casa, por conta da paixão intensa e sem medida. Mas o seu ciúme excessivo, era o grande problema. Em um dia, ele estava todo amoroso e romântico, no outro era extremamente agressivo. Até que ele resolveu me trocar pela primeira vez. Me levou à boate de fachada da sua família e, por raiva, ele começou a obrigar-me a vender o meu corpo.

Ato do Amor - Livro 3Onde histórias criam vida. Descubra agora