Dezenove.

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Jungyeon de fato era uma garota muito graciosa, sorridente e sempre animada, ela brincava com seus ursinhos aonde conseguiu encontrar todo o conforto depois de todo o ocorrido há cinco anos atrás, depois disso, ninguém mais conseguiu ver Jungyeon sem os vestidos rosas e os ursinhos.

Nayeon tinha se acostumado com aquela rotina, tinha se acostumado com sua pequena daquele jeito. Mesmo que antes Jungyeon já fosse sua namorada, ela entendeu e apoiou a garotinha, acolhendo em sua casa e cuidando com muito carinho e prazer.

A verdade é que Yo não se lembrava de nada de seu passado desde que regrediu mentalmente ao infatilismo. Jung sabia que Nayeon era intersexual, elas já haviam feito sexo muitas, muitas vezes, de todas as formas possíveis, em todos os lugares possíveis mas Jung não se lembrava.

- Nayeon, minha mãe disse que não me quer mais em casa. -- Jungyeon disse assim que Nayeon abriu a porta.

- Como assim, bebê? O que houve?

- Meu pai morreu. -- disse com os olhinhos cheios de lágrimas e abraçou Nayeon, encontrando conforto ali.

Nayeon se lembrava detalhadamente daquele dia. Depois que Jung assumiu o namoro com Nayeon para toda a sua família, o único que apoiou a garota foi seu pai que infelizmente morreu pela depressão. Depois daí foi só tragédias. A mãe de Jungyeon a expulsou de casa, dizendo que não a aceitaria mais como filha, muito menos em sua casa.

Jung era muito apegada a sua família, mesmo que ainda fosse rejeitada por ser lésbica, fazia de tudo por seus pais, sempre foi a melhor aluna da escola, sempre se destacava pela inteligência surreal de Jung. Ganhou olimpíadas de matemática, ganhou o campeonato de futebol feminino -- dando nome e um bom reconhecimento pra escola. E foi em uma dessas que Nayeon se apaixonou.

A notava do oitavo ano escolar, se apaixonou pela capitã do time de futebol quando de uma forma bem clichê foi dupla com ela em um trabalho e desde então nunca mais sairam de perto uma da outra.

Entretanto, apesar de Jungyeon passar pela morte do pai e a rejeição familiar depois disso, nunca mais foi uma Jungyeon com uma mente saudável. Ela tinha medo, muito medo de rejeição, tinha medo de perder Nayeon, tinha medo de trovão, tinha medo do escuro, tinha ansiedade e tudo isso foi escondido pelo infatilismo, era por isso que Nayeon tinha medo de fazer algo de errado e acabar machucando cada vez mais o seu bebê.

- Nayeon? - Jungyeon chamou -- eu amo muito você, eu sempre vou amar você.

Nayeon lembrava com carinho das palavras da garota. E acabou sorrindo, logo sentiu os braços rodearem sua cintura.

- Por que está sorrindo? -- Jung disse sorrindo.

- Hum, eu estava lembrando do quanto eu amo o meu anjinho.

- Seu anjinho sou eu, Nana?

- E quem mais seria, meu bebê? -- disse fazendo carinho nas madeixas de seu amor.

- Eu amo você! -- encheu o rosto da mesma de beijinhos e fechou os olhos.

- Você não sabe do quão eu amo você, meu docinho.

Innocent - 2Yeon G!POnde histórias criam vida. Descubra agora