Capítulo 2

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O vôo foi extremamente tranquilo, ninguém disse uma palavra sequer mas uma garota do meu lado não parava de me olhar e ficar sorrindo, sinceramente, eu não tenho muitas intenções amorosas com ninguém porque apesar de tudo, namoro comigo sempre acaba na base das facadas. O piloto anunciou que estávamos prontos para a aterrissagem, eu não gosto muito dessa parte, sou mais sensível que os outros em questão de cair, aparentemente, o avião não balança nem nada mas eu sinto um frio no estômago que me faz segurar na poltrona com força e fechar os olhos por alguns segundos tentando me manter calmo, não aguentava mais aquele avião descendo e sem tocar o chão aí que agonia. Finalmente, o avião aterrissa e posso pegar minhas coisas sem preocupações e sair andando o mais aliviado possível, avião nunca mais. Passando pelo corredor de São Paulo, ah sim, São Paulo...quantas coisas você me esconde?! Me pergunto com quem vou me divertir primeiro mas primeiro, vamos achar um modo de sair desse aeroporto, não aguento mais ver pessoas andando pra lá e pra cá, assim saindo do aeroporto chamando um táxi que sem demora me atende me levando para um hotel um tanto distante mas quem sou eu para negar luxo, pagando o táxi e acompanhado apenas de minha mochila com algumas roupas já percebo de cara que as coisas no Brasil são bem diferentes de Washington mas não iria demorar muito até me acostumar com isso, faço o Check-in e subo para meu quarto número 204, uma bela suíte e a primeira coisa que faço é jogar a mochila em um canto e me jogar na cama confortável olhando o teto até pegar no sono mais uma vez.

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Mais um dia em minha rotina normal, às vezes eu fico pensando que isso não será mesmo necessário? Um dia eu terei que usar todos esses conhecimentos? Mas com certeza, eu não vou ter que usar todas aquelas fórmulas de matemática e física para algo realmente importante, certamente ano que vem eu venha esquecer tudo, esquecer que fiquei horas e horas em uma cadeira cercado por animais selvagens, passando frio, fome, sono, raiva e etc. Mal poderia esperar para chegar quinta-feira, minha turma irá fazer uma excursão para um museu então não haverá aula, e é claro que eu não vou, perder um dia de descanso é igual perder uma nota de 100 reais na rua, talvez eu faça algo de diferente na quinta-feira eu poderia emendar com sexta-feira mas a minha mãe não ia deixar, droga. No caminho de casa, fico pensando como seria minha vida daqui a alguns anos, será que eu estaria namorando? tirando notas boas? trabalhando, Talvez? Não sei ao certo, todas as opções me parecem inimagináveis , eu sou considerado um rapaz bonito com meus olhos esbugalhados mas se as pessoas dizem que eu sou bonito então eu sou bonito, algumas entendem quando eu digo que sou homossexual mas outras reagem de um modo totalmente diferente, alguns dizem que é apenas uma fase, outras dizem "nossa, que desperdício" eu nunca me deixei abalar com essas coisas mas também não as tolero perto de mim, se for pra ser homofóbico que seja longe de minha pessoa então eu tento parecer mais um garoto do ensino médio normal apenas com o grupinho de amigos nada de especial e eu também não sou muito alto mas tenho apenas 16 anos, fico numa intriga porque outros garotos são bem mais altos e eu sou baixinho, mas nada que uma cabeçada no estômago de alguém não resolva. Depois de uma longa caminhada reflexiva, chego em casa indo direto para o banho e a minha mãe não estava, que estranho ela disse que iria chegar mais cedo mas ela deve estar presa no trânsito, São Paulo né, tirando minha me olhando no espelho pensando por alguns instantes assim reparando no corpo magro que tinha, deve ser por isso que quem eu gostaria que me notasse, não me nota aí, poxa Crush, mas tudo bem eu gosto desse jeito então que se foda os outros. Entrando no banheiro ligando o chuveiro me preparando para tomar um longo banho revigorante.

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Esse foi mais um capítulo, espero que tenham gostado!

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