Capítulo 11

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Não demorei para arrumar o quarto, ele ficou me olhando o tempo todo e sinceramente, eu estava muito incomodado com essa supervisão dele, queria poder chama-lo de alguma coisa, algum apelido ou algum nome e além do mais queria um banho, queria ir pra casa, queria ver minha mãe queria sair dali o mais rápido possível mas como com esse demônio me vigiando? impossível! Ele dá a volta abrindo o guarda roupa e tirando uma toalha de dentro, assim abre uma pequena gaveta pegando uma camisa larga e um samba canção azul claro, não poderiam ser dele claro mas sem ao menos falar nada, o homem joga as coisas em mim ordenando apenas uma coisa:

— vai tomar um banho.

Isso e nada mais, nem hesitei e fui direto para o banho fechando a porta do banheiro suspirando aliviado por ter um momento a sós comigo, mesmo se fosse apenas por alguns minutos, entrei no chuveiro tomando um bom banho demorado e por incrível que pareça, não ouvia mais ninguém no quarto e parece que estava sozinho porque nem passos escutava, me visto no banheiro mesmo assim respirando fundo e abrindo a porta, apenas o encontrei dormindo na cama sem fazer barulho algum, sua respiração era tão lenta que parecia que estava em um sono profundo, eu fiquei o olhando em silêncio até ouvir sua voz:

— Garoto, está esperando o que? Deita.

Minhas mãos gelaram e meu coração acelerou, aí que situação incomoda ter que me deitar com o cara que matou três pessoas, me sequestrou e apontou uma arma para mim. Vendo que não haveria outra opção, me aproximei da cama me sentando morrendo de medo, meu corpo estava duro então fecho os olhos engolindo seco de nervosismo me deitando ao seu lado, me lembro do meu sonho que tive há alguns dias atrás e isso faz meu corpo tremer complemente, estava suado frio além de estar tenso ali. Se passaram vários minutos que em minha cabeça, foram horas, ele se virou para mim de olhos abertos me encarando e por um segundo minha alma sai do meu corpo e volta:

—Escute, pode relaxar porque eu não vou fazer nada com você

— Como posso ter certeza?

— Não pode, mas se eu quisesse, eu já teria feito

Fico em silêncio por algum tempo evitando contato visual o ouvindo falar:

— eu acho que você pode estar curioso em saber o meu nome, por que não tenta adivinhar?

Ele estava gentil e paciente pela primeira vez e tomei coragem para olhar em seus olhos cor de mel, muito belo. Me encantei com seu rosto por alguns minutos até pensar em alguns nomes que vieram a cabeça:

— Sebastian? Wesley? Sam?

Ele apenas balançava cabeça em negativo sem nenhum sorriso no rosto:

— Chris? Jubileu? Joseph?

Ele sorriu com um risada ao ouvir os últimos nomes, que sorriso lindo:

—Jura que está tentando? Você pode me chamar de mestre supremo

Ele disse isso como se fosse uma piada, não neguei que dei um sorriso revirando os olhos mas sem dizer nada, estava ficando mais calmo:

— Ok ok talvez mestre supremo não seja uma boa ideia então, me chame de Steve.

Ele sorriu pra mim agora se virando de novo para o outro lado, fiquei pensando no nome que ele tinha me dado, talvez fosse seu nome real, talvez não:

— Ei, Steve, quando eu vou poder ir embora?

Falei quase em uma súplica me enrolando no cobertor me encolhendo me virando para ele, mais uma vez ele se vira para mim e ficamos cara a cara, perto o suficiente para eu poder sentir seu cheiro, que sonho:

—Já disse, só poderá ir quando eu disser que pode ir.

Não consigo evitar as lágrimas de escorrem pelo rosto então me sento na cama limpando o rosto sem evitar os soluços, sentia falta da minha mãe e com certeza ela sentia minha falta, para a minha surpresa, ele se senta na cama junto a mim:

— Você não deveria ter saído de casa, não deveria estar aqui e tudo isso é culpa sua.

Levei facadas no peito com esses comentários, ele disse do modo mais doce e grosso possível jogando a verdade na minha cara então voltou a se deitar sem nenhuma preocupação se eu estava chorando ou não, sabia que nenhum dos dois dormiria ali pois sabia que o Steve acordava a cada movimento meu pela cama, vai ser uma longa noite em claro com uma dor no peito de nunca mais ver as pessoas que amo.

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Obrigadx por lerem até aqui, vejo vocês no próximo capítulo!:)

Meu Serial Killer Onde histórias criam vida. Descubra agora