Fugindo de Washington, Stephen veio à cidade de São Paulo querendo se dar bem na vida, após salvar Marcos, um garoto de 16 anos acaba se apegando ao menino mas terá que enfrentar dilemas em sua vida, dificuldades e julgamentos de si próprio mas nada...
Eu estava dentro de uma casa, cheia de pessoas e todas elas vestiam preto e estavam todas fantasiadas com todo tipo de monstro, eu não estava fantasiado mas estava vestido de preto. Andando pela suposta festa, ninguém olhava pra ninguém, ninguém falava com ninguém, mas estavam todos juntos e espalhados e uma música tocava alto, uma eletrônica qualquer! Eu senti a presença de algo, algo maligno, algo perigoso e ele estava com raiva, andei mais um pouco até ter aquela sensação de estar sendo observado mas as pessoas nem me olhavam, permaneci no meio do estabelecimento, um tipo de sala principal mas sem móveis e com várias pessoas ao redor, aquela sensação foi aumentando, eu fiquei suando frio até me virar para trás e vê-lo, o belo homem com metade de seu rosto pintado como se fosse uma caveira, ele usava uma camisa branca por baixo de uma blusa de frio preta e um capuz que fazia parte da blusa o restante estava tudo preto.
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Ele me olhava com raiva, ele me olhava friamente como se pudesse ver através de mim. Por um instante eu fiquei paralisado esperando ele fazer alguma coisa mas ele não fez, apenas ficou me olhando! Pensei em sair correndo mas meu corpo não respondia, o homem tirou do bolso uma faca típica de cozinha, nela ainda havia sangue mas suas roupas estavam limpas, eu queria sair dali o mais rápido possível mas não conseguia mover um músculo sequer! Finalmente ele se mexe vindo em minha direção então me beijando sem nenhuma cerimônia, eu retribui na mesma hora, com necessidade, com urgência, com desejo e ele como se fosse uma obsessão, ele levanta a faca assim a enfiando em meu coração, depois em meu abdômen várias vezes, ele me esfaqueia friamente, e eu o beijo cheio de paixão, ele me esfaqueia com ódio, e eu o beijo com amor! Eu sinto dor, eu sinto meu coração parando mas eu não conseguia parar de beijar aqueles lábios tão viciantes, eu era um dependente químico e os lábios daquele homem eram minha heroína. Já estava sangrando caindo no chão e ele me olhava indiferente, ele me olhava como se eu fosse nada, as pessoas não olhavam pra mim e sim, para ele, mas ele apenas olhava para mim, eu tento implorar por ajuda mas nada sai de minha garganta, minhas forças vão indo embora e meus olhos se fechando, eu fui esfaqueado, eu fui esfaqueado, meu amor está me matando e eu estou deixando e ninguém está se importando. Ele tira uma arma do outro bolso apontando para todas as pessoas da festa atirando em cada uma, ninguém se moveu apenas foram baleadas sem dó e sem conversa, tudo era parte do seu teatro, tudo era seu e nada de ninguém, e no final, todos estavam em poças de sangue! Por fim, ele se vira para mim e minha visão estava começando a ficar escura, ele aponta a arma para a própria cabeça e puxa o gatilho sem nem hesitar, ele se matou na minha frente e caiu ao meu lado, a morte chegou para ele também, parece que esse será seu fim, ele tinha toda atenção e matou cada um e no final, eu estava morrendo ao seu lado lentamente até meus olhos se fecharem. Eu acordei de um pesadelo, um horrível pesadelo colocando as mãos pelo peito em desespero sentindo falta de ar com o rosto todo suado, decido me levantar para ir ao banheiro assim lavando o rosto me olhando no espelho com o rosto ainda molhado:
— O que está acontecendo comigo?!
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Esse capítulo foi mais curtinho para vocês ficarem na curiosidade! até o próximo capítulo! :)
