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Silêncio, apenas o silêncio da casa, os carros passando e passos pela calçada da rua, julgando pelo pouco movimento, deveria ser de tarde, não ouvi Stephen em nenhum momento. Saindo do meu quarto com meus olhos vermelhos de tanto chorar a noite, eu definitivamente estava cansado de chorar e não poder fazer nada a respeito. Corredor vazio, sala vazia, cozinha vazia, banheiro vazio, ele não estava em lugar nenhum e por mais que eu andasse pela casa, mais eu achava que estava sozinho, uma porta aberta no final do corredor, nunca havia reparado nela e nem que estava aberta, me adentrei na sala, um escritório na verdade, estantes de livros e uma grande janela que permitam a luz do final da tarde iluminar o cômodo, uma pequena escrivaninha decorava com uma jarra de uísque pela metade, bem americano. Uma grande mesa com uma cadeira virada para a estante de livros, fiquei mexendo nos livros de costa para a mesa grande sem reparar que Stephen havia acabado de virar.
— Você gosta de livros?
Me assustei na hora, esse povo tem a mania de me assustar, me virei para o rapaz vendo que ele estava sem camisa, ou deus, visão do paraíso mas disfarço olhando para os livros em minhas mãos.
— eu gosto, mas prefiro ler em PDF.
Ele revirou os olhos então se levantou, jurava que ele estava nú mas estava vestindo um jeans preto um pouco justo e um cuturno preto, ah meu Deus. Parou ao meu lado olhando a estante de livros pegando um em especial um de capa vermelha, "Moby Dick".
— Em especial, sou fã deste, não é lá O livro mas é muito gostoso de ler, e também, gosto de alguns livros do Stephen King.
Segurei o livro de capa vermelha mas prestei atenção no corpo do rapaz, pela vida que ele leva, esperava cicatrizes ou marcas de balas, mas ele era liso meu deus. Voltei à realidade concordando com a cabeça mas meu rosto estava ruborizado tentando disfarçar.
— Você gosta das obras dele ou gosta dele pelo fato de ter o mesmo nome que você?
Ele riu da situação se virando para mim pegando a jarra com o uísque e dois copos, virou um pouco em cada copo e me ofereceu um, hesitei um pouco pois nunca havia tomado uísque na vida.
— O que foi? Prefere um iogurte?
Revirei os olhos virando o copo de uma vez, o álcool era forte e desceu queimando na garganta com uma expressão de quem era virgem em questão de álcool. Stephen apenas riu de mim fazendo a mesma coisa deixando o copo aonde pegou assim se sentando na mesa maior me olhando.
—Talvez eu prefira um iogurte.
Ele não disse mais nada, estava sorrindo brevemente mas olhava para o chão preocupado, talvez zangado mas estamos falando do Stephen então ele sempre está zangado. Devo dizer, que criatura magnífica que está sentada na mesa, braços fortes, a pele lisa e o corpo musculoso, por um segundo viajei no corpo dele, estava ficando excitado apenas com o olhar e com certeza estava morrendo de vergonha. Ele se virou pra mim me analisando e fiz o que pude para esconder meu volume.
— Eu acho que eu já vou indo.
Antes que eu pudesse sair, senti sua mão segurando em meu pulso me trazendo de volta para si, meu corpo gelou completamente mas ele estava tranquilo, quase uma pessoa normal.
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Meu Serial Killer
De TodoFugindo de Washington, Stephen veio à cidade de São Paulo querendo se dar bem na vida, após salvar Marcos, um garoto de 16 anos acaba se apegando ao menino mas terá que enfrentar dilemas em sua vida, dificuldades e julgamentos de si próprio mas nada...