Capítulo 9

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Eu não consegui dormi e muito menos ficar dentro de casa e são agora 23:00 em ponto,  eu quero andar pra esquecer todos os meus problemas, eu quero andar para deixar o vento levar todas as minhas paranóias e assim feito, lá estava eu de novo na avenida mais famosa de São Paulo, pensando na vida, pensando no homem, sozinho, sem nada em meus bolsos, alheio a qualquer coisa apenas à deriva de meus pensamentos. Haviam poucos carros passando pela rua e minha mãe com certeza me mataria se soubesse onde eu estou tão tarde da noite, mas ela está dormindo na casa do namorado então o que os olhos não vêem, o coração não sente, certo?! eu andei pensando sobre meu sonho, pensei sobre o homem que tanto queria saber o nome, até que o barulho de uma moto me tira de meus pensamentos, um frio corre pelo meu corpo imediatamente ao ver a moto passando por mim, uma moto nessa hora da noite já é preocupante, agora dois caras numa moto, no meio da noite, você imagina o que?! Eu fui muito retardado mesmo de sair de casa, estava voltando pelo mesmo caminho que veio quando vi a moto dando meia volta e isso foi a deixa que eu esperava para começar a correr a ouvindo vir atrás de mim! Aí meu Deus.

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Eu já tinha chegado na rua, estava esperando o Victor mas esse corno sempre se atrasa e eu sinto que estou esperando a noiva no altar mas ela decidiu das a louca e ir assistir Grey's anatomy pra depois se casar, aí meu pai, me encosto no carro esperando a princesa chegar até enfim, uma van cheia de detalhes e cores vibrantes, fiquei de cara.

— Mas que porra?!

A van estaciona um pouco perto do meu carro e o Victor sai de dentro vestido com um shorts bem curtos do Bob esponja e uma camisa do pica pau, fiquei olhando muito incrédulo:

— Cadê meu dinheiro, porra?

— Ah sinto muito, eu estava esperando o Victor não um carnaval ambulante, que porra é essa?

— Como assim que porra é essa? Sou eu caralho

— Que van é essa? Que isso, Victor?

— Que foi inferno, já olhou pra você? Está parecendo uma piranha morta na praia

— Falou o cara que está vestindo um Short de puta do Bob esponja

— Não é um short, é um samba canção e tem diferença, cadê meu dinheiro?

Apenas revirei os olhos procurando a paciência que não tinha dentro do meu ser pegando a carteira cheia de dinheiro a entregando.

— Foi um prazer fazer negócio com você, não ganho uma mamada da bônus?

— Vai se foder, Victor! E me dá as drogas logo

Disse morrendo de raiva e ele morrendo de rir abrindo a van e me dando uma grande bolsa preta com todos os pacotes fechados e lacrados.

— Gostei do carro, pegou de quem?

— Da senhora sua mãe

— Nossa que selvagem

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Não escutava mais a moto mas tinha que certeza que os dois caras estavam atrás de mim, eu estava os dois correndo, entrei em desespero quando não vi ninguém pela rua, e estava correndo com toda velocidade até virar uma rua escura percebendo que tinha duas pessoas conversando e uma van bem chamativa no meio do nada, não tinha escolha a não ser correr para perto deles.

— Ei, Socorro!

Eles se viraram para mim e foi aí que eu percebi, o cara do dia do acidente, o cara com quem eu sonhei e quem eu jurava nunca mais ver na vida, ele ali parado me olhando, meu coração quase saí pela boca então ele olha para frente tirando uma arma da cintura.

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Ouvi gritos e pessoas correndo, um garoto apareceu e estava sendo perseguido, o garoto parece me reconhecer mas apenas quando presto atenção em seu rosto eu lembro quem era, o garoto que eu salvei do acidente, o garoto que eu jurei matar. Não pensei duas vezes o puxando pelo braço para ficar atrás de mim enquanto pego a arma em minha cintura a sacando com rapidez então atirando nos dois caras com dois tiros certeiros, ambos caem no chão fazendo poças de sangue, olhei para o Victor e depois para o rapaz ele sabia o que tinha que fazer, fechou o punho e com força deu um soco no rosto do garoto que caiu no chão com o olho roxo e o nariz sangrando.

— Não sou babá pra cuidar de criança, mas vou aliviar sua barra com os dois ali

Ele aponta com a cabeça os dois que tinha acabado de matar se aproximando e pegando os dois, um de cada vez os colocando na van assim entrando e dirigindo para fora dali, suspiro olhando o garoto no chão entrando em uma dúvida interna que me consume. Entro no carro abrindo o porta malas, pego a grande bolsa a guardando dentro do porta malas assim o fechando, olho o rapaz ainda no chão, imundo então reviro os me abaixando e pegando ele nos braços e o deixando no banco de trás do carro, que merda, salvei esse cara duas vezes e não o matei nessas duas vezes, eu me odeio por isso mas eu tenho que voltar pro hotel o mais rápido possível.

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Olha a bombaa, até o próximo capítulo! :)

Meu Serial Killer Onde histórias criam vida. Descubra agora