Capítulo 12

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Fui o primeiro a acordar, tomei um banho rápido e liguei a televisão para ver as notícias da manhã, o garoto ainda estava dormindo depois de ter chorado a noite toda. Meu plano deu certo, a polícia descobriu a bolsa com drogas no quarto do advogado e a câmera mostrava ele sendo escoltado até a delegacia, era hora de agir, então tirei do armário um termo preto que havia guardado para esse tipo de ocasião, o vesti sem demora e arrumei a grava vermelha no terno, parecia um advogado bem charmoso. Mais uma vez chamei o Victor para tomar conta do garoto mas desta vez, pedi para que ele o levasse para algum outro lugar já que eu não deveria voltar para esse quarto de hotel. Se passaram uma hora até que o garoto acorda com os olhos vermelhos, quase senti pena e seu rosto estava uma gracinha com o cabelo todo desarrumado, me aproximo dele sentado na cama e o mesmo recua para longe, me ajoelho segurando seu rosto mesmo ele recusando e recuando com medo:

— Estamos quase no final, depois de hoje você vai ter muito tempo para ficar comigo.

Disse com um sorriso perverso no rosto olhando seus olhos esbugalhados até o Victor entrar pela porta, o garoto parecia mais tranquilo ao ver o Victor claro que isso me deixou bravo, revirei os olhos pegando o garoto pelo braço feito um boneco de pano:

— Se você fizer o que você fez ontem, eu vou arrancar seus olhos um por um.

Ele estava se segurando para não chorar de novo então o abraço e ele rejeitava do mesmo jeito, o largo com força deixando com que caisse no chão me virando saindo do quarto tranquilamente. Confiro se a pasta com os documentos estava em um dos meus bolsos dentro do terno preto saindo do hotel com um sorriso no rosto. Não demorou muito pra chegar à casa do Coronel Paulo, toquei a campainha e o próprio me atendeu.

— Bom dia, o que o senhor deseja?

Disse forçando meu sotaque americano mantendo a boa postura:

— Senhor Paulo, eu devo lhe informar que seu antigo advogado foi preso hoje pela manhã por tráfico de drogas, me designaram para trazer ao senhor os papéis de testamento.

Ele pareceu chocado ao dizer que o advogado foi preso, me deu passagem para entrar em sua casa, ainda estávamos no portão de fora, eu sabia que ele estaria ali lendo os jornais:

— Eu li a respeito mas não acreditei, Eduardo esteve a meu lado por muitos anos e não acredito que ele era um traficante

Disse ele com todo carinho e respeito do mundo pelo advogado preso:

— Eu também não acreditei quando disseram mas nós nunca realmente conhecemos as pessoas, senhor

Eu o ajudei a voltar para casa segurando em suas costas, fomos até a sala e ele se sentou em uma cadeira e pediu com que eu fizesse o mesmo

— Pois bem, me mostre os papéis

Tirei do terno a pasta com todos os papéis imprimidos mostrando para ele todos os termos e aceitações, disse que após a sua morte, seus bens incluindo casa, carro e outras propriedades cairiam no nome de Anthony Connor.

— Quem seria esse tal de Anthony?

— Anthony será seu seguro, ninguém conseguirá tirar nada do Anthony

Ele pareceu meio confuso então eu mostrei onde ele deveria assinar para podermos acabar logo com isso, estava ficando impaciente, ele me olhou completamente desconfiado.

— O senhor não me disse seu nome e ninguém me avisou que viria

Perdi o leve sorriso na hora me encostando na cadeira olhando para ele ainda falando

— Não pude deixar de notar que você usa um pircing, eu já vi muitas coisas nesse mundo mas essa foi de fato a melhor tentativa até agora, me dê um bom motivo para não chamar a polícia agora.

Dei uma risada me levantando assim dando a volta pela cadeira ficando de costas para ele abrindo meu terno tirando minha arma da cintura assim me virando e apontando para ele:

— Você não vai chamar a polícia e se gritar eu atiro.

Ele parece me reconhecer se estremecendo ao me ver segurando a arma

— Você é o nojento do Stephen Black então é pra cá que você veio

—Se fosse em outras circunstâncias eu te daria um prêmio

Disse o mais amargo possível, vou até ele o pegando pelo braço apontando a arma em sua cabeça

— Vamos assinar os papéis?!

Ele se vira para mim:

— Vá pro Inferno

Ele era lento e estava tremendo visivelmente, fui o guiando até sua mesa de escritório deixando os papéis em sua frente jogando uma caneta para ele.

— Assina!

Destravo a arma apontando para ele, o Coronel estava sem saída e não tinha escolha além de pegar a caneta e começar a assinar o documento, demorou cerca de 3 minutos para fazer sua assinatura completa, estava sorrindo como nunca:

— Seu parasita desgraçado, espero que você engasguei com esses papéis

— Calado, vamos!

O levanto da cadeira andando com o mesmo até seu quarto o fazendo se deitar na cama segurando a arma apontada para seu rosto:

— Eu poderia muito bem apertar o gatilho e acabar com você aqui mesmo mas, eu não sou tão grotesco desse jeito

Peguei um travesseiro me ajoelhando ao lado dele na cama

— Últimas palavras?

— Te vejo no inferno!

Coloquei sobre seu rosto o travesseiro apertando com o braço, ele estava se remexendo na cama por alguns minutos, seu ar finalmente é cortado, o grande Coronel Paulo Antônio estava morto. Não demorei para tirar todas as impressões da cena e do restante de onde tinha passado, fechei os olhos do homem e pus uma mão sobre a outra, um infarto perfeito! saí da casa vitorioso, eu saí da casa com golpe perfeito, eu saí cheio de orgulho e temos aqui a mais famosa obra de arte de Stephen Black.

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Vejo vocês no próximo capítulo! :)

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