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Estava apagado no banco detrás do carro, só via as luzes de relance pela janela com a minha cabeça doendo e um dos meus olhos não estava abrindo bem, vejo também o motorista, continua sendo aquele homem mas sem o outro louro ao lado. Não demorou muito para o carro parar e ele sair abrindo o porta malas e retirando alguma coisa de dentro, ele abre a porta do carro me pegando no colo e seus braços, eu sinto seu cheiro e olho por alguns momentos para seu rosto, entramos em um estabelecimento, um hotel parece, ele diz para algumas pessoas que perguntam que eu sou o filho dele e que estava apenas dormindo, mentiroso. Entramos no elevador no elevador e fomos para o segundo andar, ele usa um cartão para destravar a porta de seu quarto assim entramos e ele me deixou na cama mas logo saiu, sabe se lá onde ele ia, estava mais preocupado em saber onde eu estava, o que ele faria comigo, quem era ele, e porque estava ali! Minha cabeça dói tanto que a única coisa que eu faço é fechar os olhos e dormir por muitas horas. Depois de várias horas dormindo, acordo em um susto me sentando no cama colocando a mão no olho direito que estava com uma toalha úmida e gelada, ao lado no criado mudo, estava um copo de água e um sanduíche natural, deixo o pano na cama pegando o copo de água o tomando em seguida o sanduíche o tirando da embalagem o mordendo, parecia que fazia séculos que não comia nada, olho em volta, um quarto bem chique de vista pra piscina, não notei nada de diferente no quarto até me dar de cara com o homem sentado na cadeira perto da escrivaninha, ele parecia algo no celular de costas para mim, me atrevi a falar:
— Ei moço, obrigado
Ele nem olhou para mim e muito menos se mexeu, a minha cabeça ainda doía muito mas tomei um pouco mais de água e terminei o sanduíche em poucas mordidas, vi também que estava coberto até a cintura e não havia nada de diferente no meu corpo, ainda bem.
— Quem é você?
Mais uma vez ele não me responde e nem se mexe então ele para e olha para frente, se vira pra mim na cadeira passando as pernas pelas laterias então, ignorando todas as minhas palavras ditas ele fala bem tranquilo:
— Você sente necessidade de contar pra alguém o que você viu ontem?
Vi que ainda estava com a arma na cintura e meu coração gela de novo, memórias da noite passada vem à cabeça, dos tiros e das pessoas caídas no chão, tive muito medo de acontecer algo comigo, mas fiquei com mais medo ao ver as pessoas sendo baleadas, meu coração está disparado e meu corpo paralisado então ele continua:
— Se contar pra alguém, eu mesmo vou atrás de você e arranco sua cabeça
Ele disse me dando várias facadas, e apenas com os olhos estava me matando, ele tinha um sotaque forte de americano então eu estava certo de que ele não era daqui, mas ainda continuava um mistério muitas coisas, todavia apenas balancei a cabeça em positivo com as mãos geladas, ele sorri não muito convencido então se levanta da cadeira andando até a beira da cama pegando uma grande bolsa preta assim indo em direção a porta:
— Espera, é só isso?
Ele estava com a mão na maçaneta prestes a abrir até que olha pra mim quase me dando um tiro com os olhos.
— Você quer alguma coisa de mim? Você fica aqui até eu decidir o que eu faço com você mas não se preocupe, não vai ficar sozinho.
Ele disse da maneira mais simples possível sem deixar de ser firme e ameaçador, assim que ele sai um outro rapaz chega no quarto, era o mesmo que tinha me dado um soco.
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Meu Serial Killer
NezařaditelnéFugindo de Washington, Stephen veio à cidade de São Paulo querendo se dar bem na vida, após salvar Marcos, um garoto de 16 anos acaba se apegando ao menino mas terá que enfrentar dilemas em sua vida, dificuldades e julgamentos de si próprio mas nada...