《16》

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Paraíso. Eu vivia num paraíso com Taehyung ao meu lado. Nos jamais deixaríamos de brigar, mas as reconciliações eram sempre as melhores.

Não trocaria por nada o amor que ele tinha para me dar, o perfume que me levava à loucura, a curva do pescoço na qual minha cabeça encaixava perfeitamente, as mãos na medida certa uma para a outra, os beijos perdidos ao longo da aula, os abraços, os xingamentos, até as brigas. Éramos o complemento um do outro sendo peças diferentes.

Estávamos indo para a Lagoa, onde ele iria tentar me ensinar a andar de skate.

-Amor, esquece. Eu vou é quebrar uma perna. -Disse segurando seu braço.

-Não! A minha única certeza da vida é que o meu namorado vai aprender a andar de skate, nem que eu tenha que passar a vida toda pra ensina-ló. -Ele respondeu me beijando.

-Idiota... assim a gente teria que casar! -Brinquei retribuindo o beijo.

-Adoraria casar com você um dia, e eu espero que não demore. -Ele finalizou com um beijo.

-Que horas é o cinema? -Perguntei.

-Marquei com eles as sete e meia no Times square mall. -Ele pôs o skate no chão e segurou a minha cintura quando viu que eu ia sair de fininho.

-Droga, tenho que estudar pra maldita prova de química amanhã. -Eu lembrei assim que ele me pôs sobre o skate.

-Você ama química. Você ama todas as matérias, mas odeia provas. Por quê? -Ele questionou quando começou a me guiar, segurando minhas mãos.

-Você acabou de responder a pergunta. Diga-me o nome de algum ser que goste de fazer provas! -Exigi risonha.

-A Momo, amor. Ela fica superanimada em semana de provas.

Momo era uma amiga minha da turma A. Tae a havia conhecido melhor no meu aniversário.

-A Momo é um poço de inteligente. -Confessei.

-E você diz isso como se não fosse igual a ela. Tenho até vergonha de namorar alguém tão inteligente. Enquanto minhas notas são todas baixas, você tira nove e dez. -Confessou baixo.

-Não sei por que! Baby, suas notas vão começar a subir. Eu prometo. Vamos estudar mais e mais, você vai aprender e não vai ficar de recuperação (o que ainda esta longe). -Disse quase caindo do skate, mas sendo amparado por seus braços.

-Amo você, Jungkook! Muito. E me pergunto se o mereço.

A voz dele soou como música para meus ouvidos.

-Esse é o problema, nós nos merecemos.

Brinquei tomando seus lábios outra vez. Beijar Taehyung estava virando um vicio para mim, e ele parecia uma droga na qual eu estava me viciando.

-Você esta triste, não esta? -Ele perguntou quando cai novamente.

-Não queria que o Hoseok tivesse ido. O Jimin esta arrasado e ele é como meu irmão. Sinto falta dele. -Respondi cabisbaixo.

-Nós temos um ao outro. Até lá, farei questão de cuidar de você como o Hobi fazia.

O celular do Tae começou a tocar e ele logo me disse ser o Namjoon. Cinco segundos depois, o meu também tocou: era Jin Hyung. Deu ruim. Ele atendeu ao telefone e logo eu fiz o mesmo.

-Jungkook! Dongsaeng! -Ele chorava do outro lado da linha.

-Hyung? Está tudo bem? É claro que não. Mas o que aconteceu?

-Eu e o Namjoon. A gente terminou. Eu não aguento isso Kookie. Esta doendo muito.

-Onde posso te encontrar?

-Starbucks do shopping.

-Vou sair da lagoa e já te encontro. E, por favor, não faz besteira.

-Tae, amor? Acho que você sabe bem o que aconteceu. Vai atrás do Nam e eu vou encontrar Jin Hyung no shopping. -Disse saindo do skate.

-Vamos pedir um taxi logo. A pé demora muito. -Ele sugeriu com o skate no braço e entrelaçando minha mão na mão livre dele.

Quando chegamos ao shopping, beijei Taehyung e sai do taxi. Ele saiu para a casa de Namjoon Hyung.

Demorei um pouco a encontrar meu amigo, pois o Times Square Mall é enorme. Quando finalmente cheguei ao Starbucks, vi Jin com três copos vazios de milk-shake sobre a mesa e um quarto na frente dele.

Corri e o abracei. Ele não precisava de palavras no momento, mas de carinho fraternal. Amor de irmãos.

-Pode contar o que aconteceu quando estiver com vontade. Não vou pressionar você. -Comecei a consolá-lo.

-A gente terminou e meu mundo também. -Ele logo derramou mais lagrimas.

Para Seokjin, o namoro dele com o Namjoon era a vida. Ele estava sempre preocupado em fazê-lo feliz, e o Nam também fazia de tudo para ver o namorado com um sorriso no rosto. Esse era um dos términos que não faziam sentido.

-Ele disse -Ele começou aos soluços -que eu sou muito ciumento e possesivo. Que não aguentava mais...

Apenas assenti com a cabeça e deixei que ele chorasse em meu ombro.

-Vamos pra sua casa, Hyung. Amanhã é sábado e podemos ir pra uma balada! -Tentei anima-lo.

A única coisa que o Jin amava tanto quando o Namjoon era uma balada.

-Vai largar seu ninho de amor por mim? -Ele fungava.

-Largar jamais. Sair dele apenas um dia, sim. -Corrigi. -Mas é bom que o Taehyung não apronte nada.

-Você o ama, não é? -Ele perguntou antes de dar um gole no milk-shake de chocolate.

-Amo mais do que tudo. E o Yeontan está sendo algo essencial para esse amor. -Afirmei com um ar apaixonado.

-Vamos pra sua casa, Kookie. Não quero enfrentar as perguntas da minha mãe. -Ele confessou choroso.

-Sem problemas. Vamos indo.

O lado estranho do amor; taekook ©Onde histórias criam vida. Descubra agora