Tudo se acumulou, como uma bola de neve

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Pov. Bailey

Coloquei minha cabeça entre as mãos e vi que ela estava com uma lágrima em sua bochecha:

-Vocês dois precisam conversar.

-Bailey, de que vai adinatar? Ele só vai ficar bravo. - Viq ue estava bem triste

-Ele tem o direito de saber Aranza, não acho que você possa tomar essa decisão por ele. Por mais que vocês sejam irmãos e sei que você só se preocupa com o bem estar dele, como você se sentiria se fosse o contrário. Gostaria de saber? - Ela assentiu - Acho que já tem sua resposta.

-E se ele me odiar para sempre?

-Posso não conhecê-lo também, mas Pepe jamais faria isso. - Olhei para o relógio, está tarde, precisa dormir. Conversem amanhã cedo. - Ela assentiu me abraçando

-Não sei o que faria sem você.

-Não precisa descobrir. Resolve isso, se der algo muito ruim, eu tenho um quarto de hóspedes. - Ela sorriu

-Obrigada Bay.

Ela saiu pela porta, aqueles dois tinham muito que conversar. Por mais que eu dissesse todas essas coisas para Aranza, não poderia garantir de verdade que tudo ficaria bem. Não quando se tratava de algo assim.

Pov. Pepe

Estava com os olhos fechados, mas escutei um barulho e senti a claridade invadindo meu quarto:

-Pepe... - Ouvi uma voz rouca e apenas me mexi nas cobertas - Ele me disse para esperar até amanhã, mas não sei se consigo. - Voz de choro. Abri os olhos. Aranza.

-Do que você está falando? Esfreguei meus olhos. Ele quem? - Me sentei ainda sonolento

-Precisamos conversar? - Vi uma lágrima caindo no chão - Não pode esperar. - Ela falava sério, então me levantei a puxando para a sala

Dois copos de água. Nos sentamos no sofá.

-Me disse que queria saber toda a verdade. Está pronto para ouví-la? - Enxugou uma lágrima prestes a cair. Poucas vezes vi Aranza chorando, mesmo quando criança. Adorava fazer um drama, mas não chegava a chorar, não se não fosse algo extremamente sério.

-Às vezes questiono o porquê de eu querer saber das coisas. - Uma pequena pausa - Estou ouvindo. - Ela limpou a garganta

-Acho que preciso começar com o motivo real de eu ter vindo para LA. Sem mais mentiras. 

-Sem mais mentiras. - Repiti

-Não fui sincera quando disse que estava aqui para resolver algumas coisas para a mamãe. Disse a ela que vinha passar um tempo contigo, porque você precisava de mim aqui. A princípio ela estranhou, mas quando pedi para ela te ligar para confirmar, apenas disse brevemente que poderia ficar um tempo aqui.

-Como sabia que ela não me ligaria? 

-Conheço vocês dois. Ela não engoliria o orgulho para te ligar, muito menos você de atender. Enfim, cheguei em Los Angeles, e mal podia esperar para começar o que eu tinha planejado.

-Que seria? - Disse e ela respirou fundo

-Só te peço uma coisa Pepe. Quando eu começar a dizer isso, te juro que vai ser tão difícil te contar como vai ser ouvir, por favor, deixa eu etrminar de explicar, antes que você faça qualquer coisa. Por favor. - Parecia desesperada e eu assenti - Há alguns meses encontrei um telefone na agenda da mamãe, não parecia nada importante, mas quando ouvi a conversa dela com esse número, não podia mais sair da minha cabeça. Pedia que investigasse alguem, alguém que ela conhecia muito bem.

Pebina - My heart will go onOnde histórias criam vida. Descubra agora