Um jantar, nunca é só um jantar.

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Pov. Sabina

Ah, não. Ah, não. Ah, não.

-Só um minuto mãe. - Tentei sorrir para ela e puxei o braço de Pepe para longe

-A sua mãe está aqui? - Ele aumentou o tom de voz - Por que não me contou?

-Eu não sabia que ela viria. - Revirei os olhos e as olhei de longe, quando várias lembranças surgiram na minha mente - Sua mãe é Maritza Muñoz?

-Infelizmente.

-Pepe, isso é sério! - Ele me encarou confuso - Você só pode estar de brincadeira, sua mãe não te falou sobre ela? Alexandra Pano? Ale Pano? - Ele continuava me encrando - Ótimo. - revirei os olhos. - Que seja, não é uma história para aqui e agora. Eu vou embora, para não causar discussões. Te vejo amanhã. - Comecei a caminhar, mas ele puxou meu braço

-Não vai. Talvez essa seja a melhor oportunidade para vocês se conhecerem. Eu sei que te disse que isso não seria uma boa ideia, mas não tenho como impedir agora, principalmente, porque ela vai querer fazer perguntas.

-Pepe, não acho que esse seja o melhor momento. Na verdade, por meus pais estarem na cidade, e a sua mãe, não sei se deveriamos contar tudo para eles. - Falei apreensiva

-Tudo você se refere a... - Ele soltou meu braço

-Amor eu...

-Ta. Que seja... - Ele se virou e foi caminhando em direção a elas

-Pepe... - Falei mais alto do que imaginei e as três viraram para mim. Ótimo.

-Como vocês se conhecem? - Maritza se virou para mim, falando em espanhol

-Estudamos juntos. - Pepe respondeu por mim, parecia estar bravo

-Que ótimo. Por que não jantam conosco? - Ela disse e senti o olhar de minha mãe cair sobre mim

-É muito gentil da sua parte, mas não queremos atrapalhar. Ainda mais, temos que ir para uns lugares depois daqui... - Falei e minha mãe deu um leve sorriso

-Eu insisto. Vai ser um prazer Ale. - Se virou para ela

-Claro. - Minha mãe respondeu e Maritza sorriu - Vamos ficar no máximo uma hora, antes que alguma tragédia aconteça. - Cochichou no meu ouvido e eu assenti

Pepe estava visivelmente incomodado e minha mãe quase conseguia sorrir, mas parecia bem desconfortável. Aranza não dizia uma palavra, mas Maritza estava com um sorriso estampado no rosto, seria uma longa noite...

Acabei sentando ao lado de Pepe, as duas na nossa frente e Aranza na ponta da mesa, entre sua mãe e seu irmão.

-Bom, com a correria esqueci de te perguntar. Qual o seu nome, querida?

-Sabina. - Ela me pareceu bem gentil

-Nunca me disse nada dela. - Se virou para Pepe

-Nunca te disse nada de ninguém que conheci aqui. - Ele apoiou a cabeça na mão, mas ela não pareceu ficar abalada

-Ale, o que faz aqui em Los Angeles? Não me diga que finalmente decidiu sair de Guadalajara. - Minha mãe sorriu, sei que era falsidade

-Não. Vim visitar a minha filha, é difícil viver longe dos filhos, mas bem, você deve saber com eles vivendo aqui. E você?

-Vim para o jogo dele. - Minha mãe me encarou - Sabina não te contou? Meu filho é um jogador profissional de futebol, a partida de estreia no time novo vai ser amanhã. - Ela sorriu

-Não, ela não contou. - Pepe revirou os olhos - Boa sorte no jogo amanhã. - Ela sorriu

-Obrigado.

Pebina - My heart will go onOnde histórias criam vida. Descubra agora