Maratona 5/5
— Olha quem resolveu acordar. - Ele se levanta ao lado da cama.
— O que aconteceu? - Minha cabeça dói e minha vista está embaçada.
— Você desmaiou ontem. - Noah segura meu ombro quando tento levantar me impedindo. - O doutor falou que você ficou muito tempo sem comer e dormir, estava desidratada e o nervosismo só piorou a situação.
— Quantas horas eu fiquei apagada?- Forço olhar pra conseguir focar nele.
— Quase vinte quatro horas, te deram um remédio pra você não acordar.
— Mudou alguma coisa... sobre o caso?
— Melhor a gente conversar outra hora sobre isso.
— Não eu preciso saber. - Ele segura minha mão mas não me olha.
— Talles apareceu e se entregou.
— O que? isso não faz sentido. - Me sento antes que de tempo dele me impedir. - Mas então, ele falou que Josh não tem nada haver com isso?
— Não Any, ele disse que Josh era seu cúmplice.
Minha cabeça se negava escutar as palavras de Noah, por que Talles confessou se não foi ele? E por que levou Josh junto nessa confusão?
— Ele foi preso pra valer então? - Noah balança a cabeça afirmando e eu começo a chorar.
— Andrey vai dar um jeito, a gente precisa ter esperança.
— Ele não merece isso,é injusto. - Tento tirar os acessos mas Noah segura minha mão, tento resistir mas estou muito fraca.
— Primeiro você se recupera, não vai ajudar você sair desse jeito.
— Eu preciso ver ele, eu preciso. - Noah me abraça forte, e eu desabo chorar.
(...)
— Pode entrar. - Estou arrumando as coisas dentro da bolsa que Sina arrumou pra mim e pediu pra Noah trazer.
— Preciso te examinar mais uma vez antes de dar alta. - Ando até a cama e me sento de frente pra ele. - Tem alguma coisa doendo?
— Só a cabeça. - Ele está tirando minha pressão.
— Isso é normal. - Anota alguma coisa no meu prontuário. - Sua pressão ainda não está normal.
— Eu preciso ir embora, por favor. - Ele me olha com dó, provavelmente algum dos meus amigos contou tudo pra ele, não vou me surpreender se for Noah ou Sabina.
— Respira fundo pra mim.... okay. Se eu te liberar você promete comer e dormir nos horários certos e beber muita água.
—Prometo, se quiser até te mando foto. - Ele ri.
— Não precisa, eu confio em você.
— Isso quer dizer que ?
— Que você tá liberada, mas qualquer vertigem ou enjoo você volta okay? - Balanço a cabeça animada.
— Eu vou me cuidar.
— Tem gente te esperando, posso mandar entrar? - Ele diz da porta e eu autorizo.
— Quer dizer que eu vou poder te levar pra casa ? - Era Lamar.
— Pra delegacia na verdade. - Ele pega minha bolsa da poltrona e coloca no ombro.
— Você precisa descansar mocinha.
— Eu só dormi aqui Lamar, quase que passei de Moana pra Bela adormecida. - Ele ri e abre a porta.
Vou até a recepção ele me espera enquanto assino alguns papéis, me acompanha até o carro, abre a porta pra mim, coloca minhas coisas no banco de trás e entra também.
— Certeza que quer ir pra lá? Não é fácil ver ele como ele tá.
— Por favor.
— Então vamos passar em algum lugar comer antes, falta um tempo pro horário de visita ainda. - Meu estômago revira só de pensar em comida, mas prometi me cuidar e aceito.
Vamos até um restaurante perto do hospital e tudo que eu consigo colocar na boca é o suco que pedi.
Lamar manda embrulhar minha comida depois de ver que não tinha jeito de eu comer, e fica bravo comigo.
— Ele é inocente não é? - O silêncio do restaurante estava mil vezes melhor do que escutar isso.
— É claro que sim Lamar.
— Não me leva a mal, é que tudo indicava pra ele, e aí quando o cara lá, o irmão da Dytto.
— Talles. - Se não vomitei falando esse nome não vomito mais.
— Isso, quando ele apareceu, por que ele ia querer levar Josh junto?
— Eu não sei. - Fecho os olhos minha cabeça ainda dói.
Entro na delegacia e todos meus amigos estão lá, pra poder ver Josh mesmo sabendo que nem todo mundo poderia entrar, o que causa um pequeno alvoroço, Heyoon me acompanha até uma parte de vidro onde tenho que passar meus dados pra um homem, e informar quem eu vim visitar.
— Talles.
— O que você tá fazendo? - Ignoro Heyoon e entrego meu documento quando o moço pede. - Any pensa bem, você vai deixar de ver o Josh pra ver o cara que causou tudo isso.
— Não foi ele.
— Como não?
— Só me deixa tá bom. - Olho bem nos olhos dela depois ando até a porta indicada.
Ela fica me encarando enquanto sou revistada, e continua até eu sumir no corredor.
Quando entro na sala que me levaram, o cretino já está sentado e algemado.
— A acompanhante do Beauchamp, ele não quis nos apresentar aquele dia, e o outro dia na casa eu estava com pressa então qual seu nome?
Olho pro polícia do outro lado do vidro que nos encara sério.
— O que pensa que tá fazendo?
— Você não sabia desse lado criminoso do seu namorado? Uiii que ruim descobrir assim.
— Eu sei que foi a Dytto. - Ele me olha assustado.
— Cala a boca. - Posso ver seu desespero.
— Você fudeu com a vida toda dela, por que se entregar no lugar agora ? - Falo baixo mais ainda sim brava.
— Você acha que eu me orgulho do que eu e minha mãe fizemos com ela ? Acha que eu fazia rindo? Mas você não entende quando você precisa de alguma coisa, como eu precisava da droga você faz coisas inimagináveis. - Ele faz sinal pra socar a mesa e o guarda ameaça entrar, mas eu aceno dizendo que está tudo bem.
— E agora você acha que assim vai pagar seus pecados?
— Eu sei que não, mas se eu posso fazer algo pra ela poder ser diferente de mim então aqui estou. - Eu dou risada do que ele falou, ele realmente acha que está fazendo bem pra alguém.
— Por que trazer o Josh junto nessa? - Agora quem ri é ele.
— Por que ? Ele salvou minha irmã, ajudou ela a fugir, enquanto pra mim ele me deu dinheiro pra alimentar meu vício em vez de me oferecer ajuda, ele merece.
— VOCÊ JÁ SE ESCUTOU ? Você cagou com sua vida com a da sua irmã e agora com a dele? Se você se importa com ela deveria estar agradecido por ele ter ajudado ela.
— Eu quero que o Josh vá se fuder. - Agora sou eu quem ameaço ir pra cima dele, mas penso melhor e paro.
— Essa visita acaba por aqui. - O policial abre a porta e pede que eu saí e é exatamente o que eu faço.
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BY CHANCE/ Beauany
Fanfiction"- Com o histórico de vocês, sabem que essa piada não tem graça né ? " Treze horas de vôo, esse foi o tempo que Any ficou quase morrendo de ansiedade no avião se ela soubesse o que a esperava depois disso. Sem aviso prévio nenhum um grupo de pessoa...