BY CHANCE/ Beauany

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POV'S JOSH

Por mais feliz que eu esteja de estar indo morar com Any e meus meninos, ainda sinto uma pontada de sair daqui, vivi tanta coisa no tempo que fiquei aqui.

Vim pra cá por conta dessa loira que está na minha frente colocando as últimas peças de roupa na minha mala.

— Você vai ficar bem? - Eu sei que ela vai, é a Joalin.

— É claro que vou.

— Insensível. - Jogo um par de meia emboladas na sua cabeça.

— Mas é verdade eu vou ficar bem. - Joalin senta na beira da cama. - Agora se você quer saber se eu vou sentir sua falta. Não tenha dúvida disso maninho.

Eu começo a rir sem parar e ela ri de mim ser saber o motivo do meu riso.

— Acha que eu tô brincando? - O par de meia volta pro meu lado mas eu desvio. - Eu até que gosto de você.

— Não é isso boba é que eu lembro do dia que você chegou aqui.

— De qual parte da que eu quase quebrei um copo na sua cabeça ou do meus gritos no seu ouvido ?

—  Você era insuportável menina. - Eu acho engraçado como a vida brinca com a gente, de como ela trás as pessoas certas fazendo elas parecerem um grande erro.

De como tem uma linha extremamente fina entre o amor e o ódio, e de como nossa percepção sobre alguém pode mudar depois de uma simples conversa.

— Falou o amor de adolescente que você era, batia a porta do quarto quando a sua mamãe mandava lavar a louça.- Ela zomba da minha cara.

— Pelo menos eu nunca fiz ninguém sair atrás de mim pela cidade por que fugi pra fazer uma birra e acabei me perdendo. - Retruco.

—  Nem vem que não pedi pra voce vir atrás de mim... E não era birra Josh.

— Não era ? Você ficou bravinha só por que eu tinha esquecido de te esperar na saída da escola.

—  Você não esqueceu, fez por querer. - Agora ela está de pé dedando minha cara.

— Tá talvez eu tenha te deixado por querer mesmo.- Admito.

— EU SABIA.

— Você mereceu. - Empurro ela de costas na cama e me jogo ao seu lado.

— Obrigada. - Sua mão segura a minha.

— Pelo que ?

—Por ter tanta paciência e não ter desistido de mim. - Ela sorri.

— Eu vou estar sempre aqui pra você maninha, independente de qualquer coisa. - Puxo sua mão até minha boca e dou um beijo. - Eu preciso ir, a gente se vê a noite ?

— Você tá aqui agora, por que não pode simplesmente falar ?

— Não posso. - Pego as duas malas que restaram e saio, a deixando sozinha no quarto que agora está totalmente vazio.

(...)

— Olha aquilo ali. - Any aponta diretamente pra mulher de vestido vermelho que sentou na mesa ao lado da nossa.

— O que ?

— Não se faz de idiota... Meu corpo provavelmente nunca mais vai voltar a ser assim.

— Eu já falei pra você parar de se preocupar com isso, não é uma barriguinha a mais que vai fazer eu parar de te amar Gabrielly.

— Você fala isso agora. - Ela cruza os braços brava.