BY CHANCE/ Beauany

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POV'S ANY

— Mãe pelo amor de Deus tira isso de perto de mim. - Não tenho dúvida de que estava uma delícia mas aquele cheiro de peixe fazia meu estômago todo querer sair pela boca, o médico disse que com o tempo melhora.

— Ela fez pra você mal agradecida. - Diarra defende dona Priscila.

— Se ela não quer eu quero. - A mexicana está quase em dentro do prato de comida  que está na mão de Priscila.

— Tem pra todo mundo lá na cozinha. - É questão de segundos até a sala ficar praticamente vazia, alguns agradecem outros dão um beijo rápido no rosto da minha mãe enquanto passam pra ir buscar a comida.

— Eu me sinto tão útil aqui, em casa o máximo que eu faço é descongelar uma lasanha pra mim. - Larga o prato na mesa de centro e se senta ao meu lado.

— Então fica.

—  E sua irmã? E meu trabalho ? E o apartamento? E a casa que eu aluguei? E meu namorado ? E...

— Tá bom já entendi. - Me arco pra frente e deslizo o prato até a outra ponta da mesa perto de Noah que estava sentado na poltrona, ele ainda não quis falar comigo e com Josh, e eu não vou ficar forçando não fizemos nada de errado, ele que tá descontando o que está sentindo na gente, não estou brava nem nada se ele quiser conversar eu estou aqui pronta pra ouvir.

— Já se vocês fossem pra lá... - Minha mãe tenta pela milésima vez.

— E lá vamos nós de novo. - Volto pra mesma posição que eu estava antes no sofá.

Alguém toca a campainha e minha mãe me olha assustada, vai até a porta que divide a sala e a cozinha fica alguns segundos lá e volta.

— Primeiro que tá todo mundo aqui, eu acabei de contar e segundo que Niguem dos seus amigos bate na porta. - Até minha mãe estranha.

— Abre lá, é pra você mesmo. - Digo pra ela.

— Eu conheço essa cara Any Gabrielly, o que foi que você aprontou ?

— A porta mãe. - Estou rindo da sua cara de desconfiança, mas como ela eu também tenho minhas cartas na manga.

Ele me lança aquela cara de que se eu aprontei alguma vou sofrer as cinsequencias, anda de vagar ate a porta e abre.

— FILHA ? - O grito dela é um tanto agudo de mais.

— Não precisar gritar tô no mesmo cômodo que você. - Digo me virando pra porta.

— Não a Belinha.

— O QUE ? - Agora sou eu que não tô entendendo mais nada, dou um pulo e fico de joelho no sofá pra conseguir enxergar e lá está minha irmã e minha mãe se abraçando.

— Achou mesmo que eu ia vir sozinho, treze horas dentro de uma avião? - Yudchi entra logo atrás.

— Yudchi o que você tá fazendo aqui? - Ela larga Belinha que vem correndo, pula por trás do sofá mesmo e me abraça com força.

— Como você tá? - Ela se ajoelha no sofá e beija minha barriga, Noah apenas fica olhando toda situação.

— Agora que to com vocês muito feliz. - A pirralha sorri largo.

— Any pediu ajuda eu vim correndo. - Yudchi responde a pergunta da minha mãe.

— Ajuda ? - Sua cabeça vem e vai várias vezes encarando nós dois um de cada vez. - A claro como não imaginei isso antes, veio me convencer a deixar ela ficar né?